sábado, 26 de dezembro de 2015

viver é melhor que sonhar.

quando chega essa época do ano, inevitavelmente, chega a avaliação do mesmo. começo dizendo que 2015 foi o ano mais intenso da minha vida. primeiramente, por ter conseguido realizar um sonho que, muitas vezes, cheguei até duvidar que conseguiria alcançar... sair de casa e viver minha vida da maneira que sempre quis, isso era algo que esteve em minha mente desde muito pequena. francamente, disso não posso reclamar, porque sem dúvidas, vivi coisas nas quais nunca tive a oportunidade devido a diversos fatores que me impediam na casa da minha mãe e na cidade em que cresci. parece que é inevitável também essa ideia de "incrível começar do zero, chegar em um lugar e poder se REcriar". de fato quis muito isso, mas a mudança da recriação veio com o tempo e vivências, me tornando alguém bem diferente de um ano atrás. em todos os aspectos possíveis, não só acadêmico, como sentimental e a maneira de enxergar o mundo e as pessoas. posso descrever 2015 como um ano dolorosamente lindo. apesar de tudo, o que sempre reclamei foi da mesmice e não viver histórias... esse ano foi uma montanha russa de emoções e enredos, nos quais muitas vezes quis até mesmo fugir. viver é melhor que sonhar. sonhar e viver é melhor que a frustração de não ter tentado. não me arrependo de nada, até mesmo a dor foi compreensível esse ano. REcriar-se em 2016...

sentir coisas que não teria sentido.


quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

maior lição 2015


falando por mim.

"Sempre está nessa busca inquieta do que nem ela mesma sabe se existe. Acha que pode mudar tudo com uma conversa. E tenta, pede, insiste. Tenta te convencer de que deve tomar mais um gole, tenta te convencer de que está bem. Fica inquieta, busca companhia pra não se deixar perceber o que se passa dentro. Afoga os gritos do coração e vive no exterior. Pulando de galho em galho, jura ser passarinho livre no céu, mas tá sempre procurando um ninho. Faz dengo sem ver, não percebe que a vida é o momento que se vive agora, não a busca insaciável pelo cansaço da tentativa frustrada de acalmar o peito. Se gaba do que tem, sem perceber que está falando do que te falta. O peito tá cheio de segredos, sobre todas as coisas que prefere esconder e não mostrar seu lado frágil. Ela luta pelo o que ama, se dedica, respeita, e dá a sua alma, mas tem medo de tudo acabar de uma hora pra outra. Por isso foge. Foge dos amores, foge do sono, foge de casa, foge de você, foge de mim, foge de si. Anseia pela perfeição das coisas, e se perde ao perceber que não existe perfeição ao tentar encaixar ideia da mesma no mosaico da vida. É que a vida não tem manual, ela acontece, e tudo pode acontecer. Isso a assusta. No fundo seu desejo pela perfeição é sua vontade de ter tudo o que ama perto, seu desejo é que não haja mais tanta coisa pra se fazer fugir. “Por que você não pode ficar mais um pouco? Eu gosto da sua companhia, gosto mais de mim quando você me faz sorrir.”, ela sabe que sente, mas prefere dizer mais tarde, mantem a primeira frase e depois seu calor guardado pra quando tiver certeza que você vai ficar, descarta o mimimi enquanto inventa motivos bobos e barganhas pra te fazer ficar. Se tá bom, é que tá na hora de ir, é melhor manter a lembrança de que foi perfeito. Ela não é fria, apenas sente frio. Quer uma alma quentinha pra se deitar e dizer que tá tudo bem, amanhã vai ter café quentinho na mesa, enquanto a gente ri do passado."

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

c'est la vie.

hoje é mais um daqueles dias no qual irei parecer uma adolescente falando, mas preciso expressar esse sentimento insuportável, imensurável, sem cabimento, de alguma forma... mesmo que essa seja a mais patética possível, não que eu esteja desvalorizando a escrita, mas eu não consigo entender nem arrumar nada de jeito nenhum. não entendo por qual razão a vida tem que ser como é. tem dias que acordo querendo viver tudo que esse mundo pode oferecer, experiências novas, tudo isso é algo que, de fato, me atrai demais... lugares, coisas, teorias, sensações. mas, outros dias eu só acordo pensando "caralho, por que as coisas TEM QUE SER COMO SÃO?", nunca serei forte o bastante para encarar a realidade, o nó na garganta nunca vai embora, as coisas nunca irão mudar e preciso entender. preciso parar de brincar de menina super poderosa. preciso parar de me importar mais com os outros do que comigo mesma. preciso parar de sentir tudo, tudo, tudo, de maneira tão intensa do jeito que sinto. não consigo mais. game over, fim... ouça o meu lamento: c'est la vie.

domingo, 20 de dezembro de 2015

ANA - Deixa




Ainda ontem sonhei com você
Vi a resposta depois me esqueci
Você não sabe dizer que não quer
Mas não responde dizendo que sim

Eu não entendo minha própria fé
Acreditar no que você me diz
Sabe morena, pensei em você
Logo depois tive medo de mim

Mas deixa
Às vezes tenho paz
Deixa
Respire devagar
Deixa
Talvez seja melhor
Deixa
Às vezes erro o tom

Hoje mais cedo pensei em ligar
Dizer que é bom escutar sua voz
Mas a verdade é que posso jurar
Nunca te ouvi

Que coração preguiçoso esse teu
Fica esperando sem nunca insistir
Você parece uma sensação
É bom sentir

Deixa
Às vezes tenho paz
Deixa
Respire devagar
Deixa
Talvez seja melhor
Deixa
Às vezes erro o tom

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

alternativas.

‎"Tive um vizinho que gritava com a namorada ao telefone, sem se importar que o prédio inteiro ouvisse: “Não sei o que fazer! Fico mal contigo e fico mal sentigo!”. Sempre achei essa situação desoladora, e nem estou falando do português do sujeito. É duro ter apenas duas alternativas (ficar ou ir embora) e ambas serem terríveis."

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

crise existencial

hoje não consigo pensar em nada que seja bonito, não consigo achar nada de bom. a coisa que mais me frustra é pensar que a vida não tem explicação... estamos aqui sem ao menos termos certeza para onde iremos ou se iremos, de fato, para algum lugar. todos os dias, o tempo todo, escuto milhares de certezas rotineiras sobre a vida, mas não consigo sequer formular uma frase e questionar como alguém pode ter tanta certeza de coisas tão banais. vazio sem fim. queria demais me agarrar a ideias sobre destino e seus sinônimos, mas não consigo, não mais. tudo que ainda da, às vezes, é fazer a existência menos dolorida (anestesiada), até tudo voltar a doer de novo. novamente. novamente. novamente. um ciclo, no qual nunca fecha de fato.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

sábado, 5 de dezembro de 2015

observa-dor

diz que ama azul, preto, verde, vermelho. ontem acordou amando azul, o céu, o sol, a vida, os sonhos e as pessoas, sentiu uma vontade imensa de mudar o mundo, questionou tudo, descobrimos um lugar só nosso onde falamos sobre onde estamos, para onde iremos, sobre o conceito de felicidade e ciências em geral. hoje despertou amante do preto, odeia a vida, as escolhas, os caminhos, a companhia de ninguém lhe cabe mais do que da leda na qual nunca a deixa só... fria como neblina. amanhã vai acordar descobrindo que, na verdade, sempre sentiu necessidade do verde, de observar a seiva, todas as árvores da cidade numa órbita totalmente singular, vai sentir e transmitir paz. depois de amanhã o vermelho vai lhe invadir, não irá sair de sua diplomacia para mostrar teu ódio e vontade de vingança, mas isso é o que sentirá, vontade de sumir, dormir, dormir, dormir, permanecerá áspera, frígida, alcançando seus objetivos com uma classe única. no dia seguinte, nascerá outra cor. você é assim, um tom sem exatidão, no qual as pessoas só sentem a necessidade de seguir a direção. viver é melhor que sonhar. absorva, observe. observa-dor.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

domingo, 29 de novembro de 2015

Duas de Cinco.

Compro uma pistola do vapor
Visto o jaco califórnia azul
Faço uma mandinga pro terror
E vou

É o cão, é o cânhamo, é o desamor
É o canhão na boca de quem tanto se humilhou
Inveja é uma desgraça
Alastra ódio e rancor
E cocaína é uma igreja gringa de Le Chereau
Pra cada rap escrito uma alma que se salva
O rosto do carvoeiro é o Brasil que mostra a cara
Muito blá se fala e a língua é uma piranha
Aqui é só trabalho
Sorte é pras crianças
Que vê o professor em desespero na miséria
Que no meio do caminho da educação havia uma pedra
E havia uma pedra no meio do caminho
Ele não é preto véio
Mas no bolso leva um cachimbo
É o sleazestack do zóio branco
Repare o brilho
Chewbacca na Penha
Maizena com pó de vidro
Comerciais de Tv
Glamour pra alcoolismo
E é o kinect do Xbox por duas buchas de cinco
Hahahahahahaha
Hahahahahahaha
Hahahahahahaha
Chega a rir de nervoso
Comédia vai chorar

Compro uma pistola do vapor
Visto o jaco califórnia azul
Faço uma mandinga pro terror
E vou

E eu fico aqui pregando a paz
E a cada maço de cigarro fumado a morte faz um jaz entre nós
Cá pra nós, e se um de nós morrer
Pra vocês é uma beleza
Desigualdade faz tristeza
Na montanha dos sete abutres alguém enfeita sua mesa
Um governo que quer acabar com o crack, 
Mas não tem moral pra vetar comercial de cerveja
Alô, Focault, cê quer saber o que é loucura?
É ver Hobsbawm na mão dos boy, Maquiavel nessa leitura
Falar pra um favelado que a vida não é dura
E achar que teu 12 de condomínio não carrega a mesma culpa
É salto alto, Md, absolut, suco de fruta
Mas nem todo mundo é feliz nessa fé absoluta
Calma, filha, que esse doce não é sal de fruta
Azedar é a meta
Tá bom ou quer mais açúcar?
Hahahahahahaha
Hahahahahahaha
Hahahahahahaha
Chega a rir de nervoso
Comédia vai chorar

Compro uma pistola do vapor
Visto o jaco califórnia azul
Faço uma mandinga pro terror
E vou

Compro uma pistola do vapor
Visto o jaco califórnia azul
Faço uma mandinga pro terror
E vou

terça-feira, 24 de novembro de 2015

contraditoriedade.

queremos muito acreditar na estagnação, nos parece mais confortável... até que chega quem coloque todas nossas convicções de cabeça para baixo. tentar fugir, tentar lutar. sabe, desisto. a carta branca está ai pra você ir e voltar quando puder, nunca decidir e mesmo assim sempre estar. não desiste, não insiste. livre, livre, livre. não gosto mais do grito, da birra, das certezas sem dúvidas, da generalização. você me ensinou a desgostar disso tudo em um pequeno infinito, no qual nunca entendi como começou, mas teve início naquele pequeno momento em que vi em você tudo aquilo que nunca fui e gostaria. gosto de como você vive um dia de cada vez, antigamente isso me era motivo de insônia. não da pra dizer que ainda não tenho um pouquinho de medo, não da pra brincar de "a mais poderosa do mundo", mas é assim que me sinto toda vez que sua presença cria tudo aquilo que eu faço tanto esforço pra ser e não consigo com os outros. eu não entendo minha própria fé... acreditar no que você me diz. sabe morena, pensei em você. logo depois tive medo de mim. muitas vezes quis te mudar... pura falácia. não tem ninguém que faça eu ver o mundo de forma mais verdadeira que você.

infância


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Legião Urbana - Meninos e Meninas (ao vivo)

Vem comigo procurar algum lugar mais calmo, longe dessa confusão e dessa gente que não se respeita. Tenho quase certeza que eu não sou daqui (...) Não é a vida como está, e sim as coisas como são...

cada um lê de uma forma o mesmo ponto de interrogação.




?

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

desistência

acredito muito que a luta no amor pode ser contínua e árdua. mas, acima de tudo, aprendi que a minha eterna cicatriz será deixar tudo como está quando o quebra cabeça é difícil demais. não consigo mais enxergar o mundo com tanta esperança como antes, muito menos as pessoas. da vida eu só espero não esperar nada de ninguém. deixa doer. se tem uma coisa que aprendi é que palavras não são contratuais, e que a dor não nos mata como parece em seu momento inicial, embora sejam fundamentais para nos mudar todos os dias. não ousarei cobrar, não há de existir solução... não com a decisão em suas mãos. minha dor e alegria consiste em perceber como o tempo passa.

sunshine.


sexta-feira, 6 de novembro de 2015

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

sobre o preço do tempo.

Acredito que uma das maiores lições, entre milhões que aprendi esse ano, é como ignoramos o quanto uma pessoa nos fez bem pelo final de tudo. Ignoramos os abraços. Ignoramos os momentos. O amadurecimento. Os risos. As coisas que aprendemos a enxergar e gostar... Ignoramos tudo e nos agarramos apenas no pseudo do abandono, simplesmente porque não aceitamos que ninguém tem a obrigação de permanecer, mesmo que a gente queira muito. Pois não há alguém que possa nos salvar. Obrigada, por tudo. Vou lembrar de você pra sempre...

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

permitir.

às vezes até sou capaz de entender, outras vezes só queria parar de tentar. a bagunça que os sentimentos cria nas pessoas quase nunca compensa... e nunca quando se trata quem não sabe lidar, como eu. o tempo passa e tudo que a gente aprende é que não importa o quanto as coisas pareçam ser, elas quase nunca são. (não há tempo que volte amor, vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir).
quantas vezes você já se permitiu sofrer?

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

subjetividade.

a gente cresce ouvindo muito sobre amor, reciprocidade e respeito. só que, na realidade, não sabemos nada sobre isso. insistimos. brigamos. queremos consertar o mundo e que ele seja do nosso jeito. queremos que os sentimentos sejam definidos da nossa maneira. "amor só é amor se for assim" "reciprocidade é isso" "respeito é pra quem tem". o mundo e as pessoas não podem ser explicadas dentro de uma caixinha. às vezes acho isso mágico, rico e ímpar, outras penso ser exaustivo demais... todas essas maneiras errôneas, de definir coisas que não podem ser definidas de forma geral, é sobre a tentativa de que tudo seja simplificado como o sim e não, o preto e branco, porque é realmente difícil demais entender pessoas dentro da sua real subjetividade. em certos momentos só gostaria de poder fugir, para qualquer lugar onde não tenhamos que viver presos dentro dessas amarras que só servem como sufoco diário, independente de onde você olhe, até mesmo dentro de si. queria saber quando isso vai passar, e se realmente passa algum dia, mas enquanto isso sigo cambaleando, da minha maneira... esse é o preço que se paga por ser alguém que pensa demais. eu não faço o menor sentido.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

UR SMILE!


Nem todas as palavras do mundo são capazes de falar por mim....

domingo, 18 de outubro de 2015

quem é mais sentimental que eu? 
eu disse e nem assim se pôde evitar...

8 anos... o mesmo final que chega até ser deprimente.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

cale.

- Às vezes chega até parecer que não se importa... Você é muito fechada.
- Me importo sim. E sobre ser fechada: sou igual a você!
- Não, não é! Você é muito mais. Não da pra te entender, complicada demais. Só me avise com antecedência se eu tiver que ir embora.

(...)

(Só fique... Que com o tempo você arranja a chave do cadeado no qual guardo tudo aquilo que oculto pelo medo de sentir e ser.)

sábado, 10 de outubro de 2015

medo.

o tempo inteiro temos algo no qual nos freia sem igual: o medo.
medo de errar
medo de sentir
medo de se enganar
medo de se machucar
medo de se decepcionar
medo de angústia
medo da perda
medo do julgamento
medo de ouvir
medo de agir
medo de viver

 medo, medo, medo, medo...

e puf, morreu!

domingo, 4 de outubro de 2015

KS

É difícil para você fazer a sua própria coisa?
Nunca é difícil para mim fazer isso, mas tem sido difícil as vezes ouvir a resposta das pessoas sobre isso, para coisas que eu acho que são tão insignificantes, tão insignificantes quanto não querer usar salto alto por cinco horas ou mais significante o jeito que as pessoas escolhem viver sua vida. Por que as pessoas se importam? Por que você se importa? Desculpe, eu te desapontei ou algo assim? Você nem me conhece.

Qual você acha que é o segredo para ter uma relação de sucesso? 
Quando você ama algo, você conhece isso. Então você sente a posse e se isso muda, você só ama até onde você conhece porque então você fica ‘O que é isso?’ Eu acho que talvez a chave para ter uma relação longa é realmente apreciar a vida dessa pessoa e não tentar possuir isso. É tipo apenas pare de tentar. Nós todos fazemos isso.

Onde Nasce o Sol

Hoje a saudade conversou comigo
Veio falar de você sem razão
Te encontrei por toda parte
Tropecei no meu desastre
Eu e a lua e a solidão

Amanhã bem cedo
Depois que o sol sorrir pro mundo
Eu vou chorar do outro lado
Sem ninguém
Sem você

Já estou indo
Embarco no próximo voô da meia noite
Perfeito pra recomeçar
Sem você
Vou ver que esse amor
Não era pra gente viver

sábado, 3 de outubro de 2015

to think

"Não importa onde estamos nossa mente é nosso lar"
Ontem eu tinha 11 anos e parecia que o mundo caia sobre meus ombros. Sempre quis e tentei, mas nunca consegui entender bem o mundo, nem a mim mesma, mesmo que pensar seja praticamente algo nato do próprio eu. Da pra ao mesmo apostar, vez e outra, que aprendi a lidar melhor com a falta de algo que nunca consegui alcançar e provavelmente nunca irei, algo no qual nem mesmo sei o nome. Às vezes, sinto que nasci com algum problema de fábrica, por isso essa minha mania de ir em direção contrária a tudo aquilo que eu gostaria, mas nunca dei conta de ser. O peso que se tem em filtrar absolutamente tantas informações e se limitar a fazer o seu melhor para com o mundo é um fardo que carrego desde que me conheço por gente, e toda vez que me encontro fora de controle parece que a dor triplica. Escuto, percebo, analiso. Tento concertar, mas eu não consigo entender nada de jeito nenhum. Só queria entender, arrumar tudo. Outras vezes começar do zero, só queria não saber nada, bloquear as coisas. Às vezes queria ser diferente, indiferente.. Mas daí, paro e penso o quanto o mundo precisa de pessoas que se importam.

sábado, 26 de setembro de 2015

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

o que ela quer da gente é coragem.

é difícil falar de mim. sinto, e desinto. penso e repenso. a vida, esse eterno nó sem fim. me assusta as pessoas extremistas, levando em conta que nem mesmo sabemos o real motivo de estarmos aqui. "o que mais me frustra é pensar que a vida não tem explicação". não importa o quanto a gente lute para ser feliz, quando tudo aquilo que queremos nem mesmo se encaixa nesse mundo. é terrível o peso que carrega o realmente ser... ah, meu amor... quanta bobeira, que traiçoeira!

o ser nunca é o ter, o ter nunca é o ser.



O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

só não queria dizer adeus (é que eu tinha tanto pra contar)

correspondência =")


hematoma

quase sempre estou bem. faço minhas obrigações, vejo coisas que gosto, outras que acho depre, mas ainda, no final do dia, sinto que estou bem. realizando sonhos antes tão inacessíveis, crescendo a cada dia. não dói como antes, mas nunca para de doer. parece que o tempo passou, mas isso nunca vai passar e o que a gente conversou nunca serviu pra mim, nem pra mudar. é incrível como toda vez aparece uma coisinha ali que me faz lembrar e voltar todo o ressentimento. no geral, nunca fui uma pessoa de guardar sentimentos ruins, sempre acreditei que devemos desculpar as pessoas, até mesmo em algumas ocasiões nas quais elas nem mesmo pedem desculpas. você e sua mania de achar lindo transparecer tudo que sente, como aquelas feridas que estão na carne vive e ainda é necessário todo o alarde. já eu, calada, não gosto de mostrar o que me afeta para que todos possam ver, nem gosto de ao menos deixarem perceber. de uns tempos para cá venho pensando sobre isso, quem é o verdadeiro covarde? o que muito fala ou o que não sabe dizer? na verdade, não importa mais. eu só queria saber, se suas palavras foram capazes de dizer exatamente o que deveria ser dito, pois é isso que cobra o que pouco fala. esqueça as memórias, esqueça tudo que eu fiz por você, esqueça nós dois... me conte depois: como é viver sem lembrar.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

"não é minha culpa sua projeção"

você nunca disse isso abertamente, porque sequer soube o efeito que teve na minha vida. mas foi exatamente isso que repetiu incansavelmente na cabeça depois da verdade "não é minha culpa sua projeção", "não é minha culpa sua projeção", "não é minha culpa sua projeção" você falando sem parar essas palavras no meu ouvido, e de fato, é verdade. não queria acreditar, as tentativas idiotas de se fazer notável, pensei tantas vezes sobre a possibilidade de estar enlouquecendo, depois fiquei feliz, pensei que finalmente as coisas se ajeitariam ou poderiam dar certo. algo não da pra mentir: nunca conheci alguém tão outra metade de mim como você. ah, se soubesse... porém, te conhecia, sabia que na verdade você possui essa mania idiota de julgar as pessoas, sei que gosta de fingir que é super poderosa e fria, mesmo ainda sendo uma criança aprendendo a engatinhar. quando terminei a leitura engoli em seco as palavras, com o "tanto faz" ou "tudo bem", assim como faço desde que notei que ninguém realmente se importa e cada um tem suas próprias obrigações e ambições. eu quis sumir. possibilidade de estar enlouquecendo? frase pouco expressiva. eu enlouqueci, meu bem, eu me perdi, por você. não sei como voltar atrás.

domingo, 23 de agosto de 2015

domingo, 16 de agosto de 2015

é a história mais bonita e que mais me faz chorar

durante anos, todos os dias eu lembro de você. às vezes chega a ser lembrança boa, daquelas que chegamos a falar pra nós mesmos "as pessoas passam na nossa vida por uma razão e se vão porque precisam ir", mas hoje doeu tanto. doeu porque você faz parte de tudo que sou e não tem nada que possa mudar. não há tempo, distância ou circunstâncias. só posso agradecer por ter acontecido na minha vida, não sabe a pessoa que era antes e quem me tornei depois de tudo que você me ensinou. quero que você seja feliz. quero que um dia pare de doer, porque sei que você é dessas pessoas que nasceram pra jogar o jogo do contente, espero que um dia você não precise mais fazer isso e que de fato seja. não preciso de permissão pra estar, de fato sempre estarei. é estranho que, depois de tudo, nunca houve espaço pra mágoa e ressentimento. só admiração, gratidão e infindável amor, daqueles calados mas que nunca irá se acabar como um dia te disse diversas vezes. você é dessas pessoas que nasceram pra ser, e vai continuar sendo não importa o que aconteça, não se afobe não que nada é pra já, o amor não tem pressa ele pode esperar em silêncio.

sábado, 15 de agosto de 2015

.

"Eu canso dos meus meio sorrisos tanto, tanto, que prefiro que a vida seja assim mesmo. E aí me pergunto se chorei de tristeza profunda ou alegria libertadora, o que acaba dando no mesmo porque minha profundidade me liberta.
A barata preta, enorme e voadora posou no canto da minha boca. E eu pude chorar todos os meus medos no seu sofá e eu pude ficar curvada do jeito que a minha sombra, que só eu vejo. E eu pude borrar todos os meus disfarces e ficar feia sem culpa, porque a dor consegue ser sempre maior do que qualquer culpa.
Eu chorei a nossa imperfeição, eu chorei a saudade enganada da nossa perfeição, eu chorei a nossa necessidade de não se largar, eu chorei a nossa necessidade de se largar, a nossa necessidade de fugir do mundo em nós e a nossa necessidade de fugir de nós encontrando amigos.
Chorei o nosso silêncio cansado de perguntas e desprovido de interesses, a pobreza do mundo que nos impossibilita de sermos felizes sem culpa, a falta de simplicidade que eu tenho para ser feliz e eu chorei o espaço da nossa alma que ainda falta evoluir.
Eu chorei o nosso medo de não sermos o que sonhamos. Eu chorei o medo que eu tenho de não ser quem você quer e o medo que eu tenho de ser exatamente o que você quer.
Eu chorei porque precisava te mostrar a minha fragilidade escondida no meu mau-humor. Eu chorei de birra de quem sou.
Eu chorei porque eu sempre canso de tudo e tudo sempre cansa de mim. Chorei de cansaço profundo de sempre cansar de tudo e tudo sempre cansar de mim. Chorei de apego ao cheiro do novo e principalmente de melancolia pelo cheiro do velho. E chorei porque tudo envelhece com novos cheiros e a vida nunca volta. Eu chorei de pavor da rotina, de pavor do fim, de pavor de sair da rotina e começar outros fins.
Eu chorei meu medo de submissão, o meu medo de vomitar, o meu medo de me mostrar pra você tanto, tanto, e não ter mais o que mostrar. Eu chorei minha infinidade de coisas e o medo de você não querer abrir os mais de um milhão de baús que existem escondidos na caixa cerrada que eu guardo embaixo do meu peito. Eu chorei meu fim e o medo do meu infinito.
E eu teria chorado cinco anos se eu não tivesse que fingir. E eu chorei depois cinco anos escondida, porque eu não sei a hora de parar e não quero que ninguém me diga.
Eu quero ser pra você. Ao mesmo tempo eu quero que você suma porque eu só quero ser uma mulher para mim. Eu me quero só para mim.
Era minha a dor de ser solitariamente para mim. E você a substituiu pela dor de não querer mais ser solitariamente só para mim.
Com todos os meus poderes para estragar a vida de alguém, eu ainda tenho medo de barata.
Porque ela sabe ser misteriosa, ela sabe incomodar sem abrir a boca, ela sabe enojar o mundo com sua meleca branca sem ter que mostrá-la a ninguém.
Ela é muito mais misteriosa do que eu.
Em comum temos as chineladas do mundo e todos os seres amedrontados que querem acabar com a nossa raça. Mas o poder dela ainda é muito maior do que o meu, porque ela não ama, ela não se sente traída pelas chineladas do mundo.
Ela não sabe o que é não entender nada desse mundo e ter medo do tempo. Ela não sabe o que é ter nas mãos o poder de construir e destruir e ter tanto medo desse poder.
Ela vive no esgoto e não sabe o que é ter tanto medo dele.
Ela aparece sem ser desejada e não sabe o medo que não ser desejada causa.
Ela é uma barata e nunca vai saber o medo que a gente sente de se sentir uma.
Eu chorei porque tenho muito medo de tudo o que é inteiro. Mas eu chorei justamente porque descobri que viver na cabeça também é um tipo de coragem, porque eu não protejo a alma de feridas e nem de descanso.
Mas tudo é dor afinal, e eu não sei ser leve, eu não sei voar.
Eu chorei porque eu te amo mas eu não sei amar."

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

"Acho que no fundo somos sempre sós. Pode ser que você encontre um amor, um punhado de amigos, o conforto familiar. Mas ninguém te livra dos pesos da vida. A gente nasce e morre sozinho. E tudo bem, tudo bem, não tem drama nenhum nisso. É claro que é bom ter gente pra rir e chorar, mas entenda: no fundo é sempre você. E você."

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

ponto


shoulder pads may come and go, but a bff is forever.

Lembro de quando comprávamos gelinho e ficávamos na piscina o dia inteiro, todos os dias da semana. Lembro de quando brincávamos de novela, fazíamos piquenique, comíamos chips com ketchup no balanço, aquele que eu olho hoje em dia e nem caberíamos mais. Das vezes que ligávamos pra comentar a abertura nova de rebelde, de quando brigávamos pra ser a Roberta, e você insistia pra eu ser a Mía já que era loira. Lembro que levávamos cartinha toda semana uma pra outra na escola com presente. Quando compramos pipoca pra assistir os outros namorar. Lembro até dos tantos "tenho algo horroroso pra te contar" coisas tão inocentes, na verdade, mas que aos olhos daquelas menininhas eram quase atrocidades. Lembro até mesmo, dos acontecimentos mais recentes, entre eles o fato de que minha vitória de estar hoje onde estou, realizando meu sonho, devo à você mais do que ninguém. Só quero que saiba que quanto mais vivo sei que nunca vai haver outra você ou sequer semelhante, e que sortuda sou por te ter comigo a tanto tempo, mesmo que eu tenha sido babaca em alguns deles. Justo eu que acho tão errado errar com as pessoas, errei com a mais linda delas. Mas tudo isso fez com que eu percebesse que o que é pra ser, sempre será (e é até hoje, até sempre). Às vezes penso que tudo é recompensado por ter uma melhor amiga como você. Nós, seres humanos, falamos muito de amigos, só que na realidade no nosso cotidiano só temos conhecidos, colegas, relações líquidas, amores corriqueiros. Quando, no meio disso, encontramos alguém que realmente está disposto a caminhar do nosso lado, estar nas horas boas e ruins, perto ou longe, nas dificuldades e conquistas, podemos nos considerar mais sortudos que os vencedores da mega sena. Hoje é seu dia e eu não posso desejar nada além de tudo que merece porque você é uma das pessoas com o coração mais lindo que já conheci, e com uma luz que ilumina todos a sua volta. Muito obrigada, de verdade. Simplesmente por ser como você é. Sinto saudade de te ter comigo, todos os dias, mas sei que assim como eu você está feliz por estar realizando seu próprio sonho. Brilhe muito, porque vou continuar te olhando e tentando proteger de todo mal, assim como você faz comigo, independente de onde estiver.
Hoje, agora e sempre. 
 "Às vezes, as pessoas são tão bonitas! Não pela aparência física, nem pelo que dizem. Só pelo que são."

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

máscara

as pessoas vivem dizendo que devemos ser bons uns com os outros. acontece que eu realmente nasci com esse problema, de fábrica. não posso ver ninguém se magoar, não posso ver ninguém sofrer ou se sentir sozinho que me vejo na obrigação de fazer algo, carregando fardos que muitas vezes não me diz respeito. no meio desses mil caminhos que percorri desde sempre, que vai de entregar meu brinquedo pra outra criança mesmo que isso resultasse meu próprio descontentamento, ou até quando minha mãe comprava errado um produto que eu pedi, mas não queria dizer com medo de magoa-la. essa sou eu. quando faço algo que fere alguém, me sinto a pior pessoa do universo. as vezes me vejo dentro de situações, olho no espelho e digo "para, por favor, você tem que parar. não da pra controlar o mundo, você erra. se perdoe". mas eu me puno o tempo inteiro e tento encontrar maneiras de justificar as falhas dos outros o tempo todo também. já falei tanto "agora vou pensar em mim" e no final isso nunca aconteceu. sou mestre em fazer parecer que tá tudo ótimo, que nada me atinge. bobagem, vai passar, não doeu, não atingiu, não sei, não quero saber, dormir, dormir, dormir. quem tô querendo enganar? uma folha não cai da árvore sem me causar algum efeito e ninguém pode desmoronar perto de mim porque já penso em anestesiar a dor de todos.

domingo, 2 de agosto de 2015

e todo dia vai ser pra sempre um recomeço.

a nossa melhor amiga é a escrita.

costumamos falar muito das fotografias, como elas guardam momentos. muitas vezes, hoje em dia, as pessoas até deixam de verdadeiramente viver por conta delas: facebook, instagram, twitter, snapchat, entre outros. no final: ego e status. todo mundo quer mostrar que está feliz, realizado, mostrar que sua vida é interessante e que é uma pessoa cheia de amigos. ser visto, ouvido. sim, elas pode guardar relíquias, podemos olha-las e sentir falta de algo que passou e não volta mais, é a personificação do passado, mas tenho duramente pensado o quão a escrita não é valorizada na sua real dimensão. ela sangra tudo aquilo que fomos, seremos e sentimos. a escrita tem mais da gente do que qualquer outra coisa, ela que é capaz de nos conhecer como ninguém e ao conhecermos ela nunca mais estaremos sozinhos. quantas vezes lemos um texto escrito e paramos pra analisar os sentimentos nele contido? a escrita não pode ser substituída, ao tirarmos essa oportunidade de um ser humano estamos tirando sua introspecção. a vida exige demais da gente. ninguém pode viver sangrando emoções por aí se quer ser ouvido. temos que filtrar as coisas que sentimos o tempo todo, por motivos variados: pra viver de maneira menos sombria nessa sociedade doente, pra não nos machucarmos, evitar problemas, pra poupar até mesmo o outro. sentimento é assim, não pede permissão, mas nós devemos saber lidar com eles, essa é a condição minimamente racional pra se viver no planeta terra. porém, o que a escrita nos da? toda a liberdade pra sermos o que realmente somos, ela nunca vai nos julgar, nunca vai nos culpabilizar por nada, ela sempre vai estar lá quando precisamos, além de diversas vezes rir com a gente ao voltar no passado. a escrita é a nossa melhor amiga.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Estar cheio de ódio significa que você está ferindo a si mesmo em primeiro lugar.


Antes que você possa odiar alguém, primeiro você tem que criar o veneno dentro de si mesmo. Você pode dar isso a alguém apenas se você estiver cheio de ódio. Estar cheio de ódio significa que você está ferindo a si mesmo em primeiro lugar. O outro não pode ser ferido, depende somente dele, o outro pode não aceitar ao ódio, pode rejeitá-lo, ele pode simplesmente rir disso, pode até nem reagir. Você vai se sentir impotente diante dele, por isso não é certo que o outro vai ser ferido. Mas uma coisa é certa, que se você odeia alguém, primeiro você tem que envenenar sua própria alma de muitas maneiras. Você tem que ser muito cheio de veneno sobre os outros.

domingo, 26 de julho de 2015

Los Hermanos - De Onde Vem a Calma

não se pode fugir do que faz parte de nós.

(cedo ou tarde é preciso entender que o problema mesmo é que nenhum lugar é nosso)

quarta-feira, 15 de julho de 2015

sobre dia de marijuana

acredito já ter tido o quão especial és e como foi importante ter te conhecido pro meu próprio crescimento. mas, acima de tudo, preciso ressaltar como nossa amizade aconteceu simplesmente sem pretensões. durante esses anos não devemos ter falado "te amo" nem mesmo uma meia dúzia de vezes, e tão pouco somos regadas do "sempre estarei aqui", somente estamos, e antes que pareça um lamento, na verdade você foi aquela que me ensinou que não tem palavra alguma que possa competir com o preço de uma ação. mas hoje é seu dia e preciso agradecer por te ter em minha vida, sendo meu alicerce nas piores crises de existência, nos piores/melhores surtos de alegria. posso dizer que poucas pessoas me conhecem tanto quanto você, obrigada pela paciência, de verdade. por estar sempre do meu lado e acreditar em mim até mesmo quando não acredito e por ter o coração que tem. desejo todas aquelas coisas clichês que você já sabe, que ninguém seja capaz de falar que seus sonhos não serão realizados porque eu acredito em todos eles, juntamente com você. < cineasta fantástica 3. ah, inclusive, i LOV u, simmmm

grazi


eu sangro
todo mês
toda vez
que magoam
o meu coração
eu sonho 
deitada ao teu lado
ou no ônibus lotado
com a cabeça na galáxia
e os pés no chão
eu choro
bem baixinho
de mansinho
que é pra não acordar
a solidão
eu pareço pedra
eu queria ser pedra
mas nasci flor

sábado, 11 de julho de 2015

kristen stewart | waiting for superman

metade de mim é amor e a outra metade você (também)


Sempre costumo fazer a avaliação da pessoa que eu era antes de você e quem me tornei. Com você aprendi o verdadeiro significado de admiração, me desprendi de valores horríveis e tive a oportunidade de me dar conta de várias coisas sobre mim mesma que antes passavam despercebidas. Você está em tudo que eu me tornei: na forma como abri horizontes pra olhar o mundo, nas pessoas incríveis que conheci, nas histórias lindas que assisti, nas músicas que ouvi, nos sonhos que vivi, nos livros que eu li, nas vontades, nas infinitas vezes que injustiças pequenas e notícias distorcidas fizeram com o que eu pensasse muito mais sobre o leque de mentiras que podiam estar me cercando desde sempre. Não quero te projetar, longe de mim, mas não da pra dizer que não és, no mínimo, uma das pessoas mais autênticas que tive a oportunidade de conhecer. Obrigada por tudo que fez por mim, mesmo que indiretamente, a minha caminhada vai ter sempre um pouco de ti, mesmo que ela seja corrida ou doída. Você, sempre lá.
"It's okay', you know? It's okay to be you. It's okay to just not be okay. It's okay to not be okay."

quarta-feira, 24 de junho de 2015

O alto preço de viver longe de casa

Muito além do valor do aluguel.

Voar: a eterna inveja e frustração que o homem carrega no peito a cada vez que vê um pássaro no céu. Aprendemos a fazer um milhão de coisas, mas voar… Voar a vida não deixou. Talvez por saber que nós, humanos, aprendemos a pertencer demais aos lugares e às pessoas. E que, neste caso, poder voar nos causaria crises difíceis de suportar, entre a tentação de ir e a necessidade de ficar.
 Muito bem. Aí o homem foi lá e criou a roda. A Kombi. O patinete. A Harley. O Boeing 737. E a gente descobriu que, mesmo sem asas, poderia voar. Mas a grande complicação foi quando a gente percebeu que poderia ir sem data para voltar. E assim começaram a surgir os corajosos que deixaram suas cidades de fome e miséria para tentar alimentar a família nas capitais, cheias de oportunidades e monstros. Os corajosos que deixaram o aconchego do lar para estudar e sonhar com o futuro incrível e hipotético que os espera. Os corajosos que deixaram cidades amadas para viver oportunidades que não aparecem duas vezes. Os corajosos que deixaram, enfim, a vida que tinham nas mãos, para voar para vidas que decidiram encarar de peito aberto.
A vida de quem inventa de voar é paradoxal, todo dia. É o peito eternamente divido. É chorar porque queria estar lá, sem deixar de querer estar aqui. É ver o céu e o inferno na partida, o pesadelo e o sonho na permanência. É se orgulhar da escolha que te ofereceu mil tesouros e se odiar pela mesma escolha que te subtraiu outras mil pedras preciosas.
E começamos a viver um roteiro clássico: deitar na cama, pensar no antigo-eterno lar, nos quilômetros de distância, pensar nas pessoas amadas, no que eles estão fazendo sem você, nos risos que você não riu, nos perrengues que você não estava lá para ajudar. É tentar, sem sucesso, conter um chorinho de canto e suspirar sabendo que é o único responsável pela própria escolha. No dia seguinte, ao acordar, já está tudo bem, a vida escolhida volta a fazer sentido. Mas você sabe que outras noites dessa virão.
Mas será que a gente aprende? A ficar doente sem colo, a sentir o cheiro da comida com os olhos, a transformar apartamentos vazios na nossa casa, transformar colegas em amigos, dores em resistência, saudades cortantes em faltas corriqueiras?
Será que a gente aprende? A ser filho de longe, a amar via Skype, a ver crianças crescerem por vídeos, a fingir que a mesa do bar pode ser substituída pelo grupo do whatsapp, a ser amigo através de caracteres e não de abraços, a rir alto com HAHAHAHA, a engolir o choro e tocar em frente?
Será que a vida será sempre esta sina, em qualquer dos lados em que a gente esteja? Será que estaremos aqui nos perguntando se deveríamos estar lá e vice versa? Será teste, será opção, será coragem ou será carma?
Será que um dia saberemos, afinal, se estamos no lugar certo? Será que há, enfim, algum lugar certo para viver essa vida que é um turbilhão de incertezas que a gente insiste em fingir que acredita controlar?
O preço é alto. A gente se questiona, a gente se culpa, a gente se angustia. Mas o destino, a vida e o peito às vezes pedem que a gente embarque. Alguns não vão. Mas nós, que fomos, viemos e iremos, não estamos livres do medo e de tantas fraquezas. Mas estamos para sempre livres do medo de nunca termos tentado. Keep walking.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

loucura e ligações humanas sem explicação

Resolvi ir nessa festa com cara de festa que você vai. Toda pessoa que entrava eu achava que era você. Assim como acho quando estou na rua, no supermercado, na fila do cinema, dormindo. Virei uma caçadora de você em todas as pessoas. Então você chegou na festa. E eu apenas sorri e sorri e sorri. Porque era isso. Eu queria te ver, apenas. A dor numa caixinha embaixo dos meus pés e eu mais alta pra poder te abraçar sem dor, sem o coração pular pra você perceber, assim como aquele primeiro abraço no qual você me deu e eu nunca mais esqueci. Eu te acho bonita de formas tão variadas e profundas e insuportáveis. Com sua eterna tristeza cheia de piadas afiadas. Da sua cara rabugenta e corpo rustico. Suas facas afiadas de graças para defender as tristezas que nadam baixas nos seus olhos de quem não quer fazer mal. Mas faz. Seus olhos. Em volta um riozinho melancólico e no centro o sol feliz e novinho chegando. E tudo isso vem forte como um soco de buquê de flores de aço no meu estômago. Eu nunca entendi, mas foi assim desde que te vi. E eu quero ir até você e dizer que sei seus gostos. Sei que você chora com filme de romance, sei que você tem pavor de machucar as pessoas. Sei que seu coração é tão bom e como eu gosto de você por tudo isso. Como gosto quando você lembra de alguém e precisa demonstrar naquela hora porque tem medo da frieza das suas distrações. Suas listas de culturas e atenções. Os vasinhos. Os vasinhos coloridos da cozinha me matam. O seu medo da solidão. Tua sinceridade tão direta. Seu jeito desastrado, e a forma como você quer esconder tudo, mas é um livro aberto, todos que tem paciência para observar são capazes de ver. Essas suas delicadezas em detalhes dormem e acordam comigo. Acariciam e perfuram meu peito. Você é parte do que eu sou, embora só provavelmente saiba meu nome. Eu sempre serei grata por ter te conhecido, mesmo que nunca possa te dizer isso sem parecer uma louca. Não acredito que um dia eu encontre alguém como você, que me transmita tanto sentimento só por existir e ser como é. A loucura está em gostar tanto ou de nunca ter te deixado saber. Eu aceitei ser como sou depois de ver alguém tão maravilhosa como você ser igual. Eu sempre tive tanto medo, de idealizar você tanto e não enxergar os defeitos. Mas eu os vejo, assim como entendo todos eles. Tudo que vou guardar são as pequenas coisas. Sua lamentação pela vida como ela é, sua gentileza disfarçada de vergonha, seu azar no jogo e no amor, teu orgulho e seu exagero, mas também seu coração sem igual. Eu sou uma pessoa melhor por você. Eu agradeço por tudo. O segundo do seu nome na tela do meu celular. O segundo da sua voz. Do seu rosto. Da sua postura. O segundo em que suspiro e digo alô e vejo seu jeito cambaleando. Aceito você longe, se assim o for. É duro, mas agora você não sabe e, provavelmente, nunca saberá. Aceito apenas porque não tenho outra escolha, e porque tudo que você fez por mim não precisou de muito mais do que só te ver passar.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Silver Linings Playbook - I give everything to other people...

"O que estou recebendo em troca? O que você está fazendo por mim? Porque eu sempre faço isso. Faço tudo isso pelos outros, então eu acordo e estou vazia, não tenho nada. Eu sempre estou no meio dessas situações ridículas. Faço tudo para os outros e nunca tenho o que eu quero."




greys anatomy 2

"Eu sempre disse que seria mais feliz sozinha, que eu teria meu trabalho, meus amigos... Mas ter mais alguém na sua vida o tempo todo? São mais problemas que o necessário. (...) Existe uma razão pra eu dizer que seria mais feliz sozinha. Não que eu pensasse que seria mais feliz sozinha. Foi porque eu pensei que se eu amasse alguém, e depois acabasse, talvez eu não conseguisse sobreviver... É mais fácil ficar sozinha. Porque, e se você descobrir que precisa de amor e depois você não o tem? E se você gostar? E depender dele? E se você modelar a sua vida em torno dele? E então… Ele acaba. Você consegue sobreviver a essa dor? "

quinta-feira, 4 de junho de 2015

sobre aprender por si mesmo

é bem mais fácil não ligar pra opinião das pessoas que não acrescentam em nossas vidas, eles não sabem de nada realmente, estão trabalhando com suposições e fazendo o lindo papel do ridículo no qual todos estão habituados. difícil mesmo é lidar com a opinião das pessoas que são importantes. tenho um exemplo pra metaforizar isso: o relacionamento ioiô do meu tio, uma relação destrutiva, na qual todos os familiares querem defende-lo e fazer com que ele enxergue que está no caminho errado. a crítica e a preocupação são coisas naturais quando nos importamos com algo ou alguém, mas é necessário respeitar a introspecção do outro. na realidade nem todo mundo quer ser salvo, em muitos casos as pessoas simplesmente querem viver tais experiências, e se for preciso, quebrar a cara e assim será a forma como ela irá aprender. não falo isso de maneira punitiva ou condenativa, é que não podemos poupar quem amamos da dor. doer é parte da própria vida, não somos os mesmo sem isso. crescemos com ela, somos pessoas inteiras com ela. as palavras não ensinam tanto quanto as vivências.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

segunda-feira, 1 de junho de 2015

sonhos: preços e realizações

não podia deixar o 31 de maio passar sem dizer nada, hoje o dia foi baseado em pensar em como os sonhos podem trazer tanta alegria nas pessoas. depois de três anos, minha família conseguiu realizar o sonho de uma casa melhor, foram muitas lutas, dias de angústia e brigas, mas ver a satisfação do rosto dos três e perceber o quão longe as coisas foram é imensamente gratificante, tudo isso começou com um sonho e hoje é realidade. pensei, também, no meu sonho da universidade pública e o quanto eu tive que resistir pra estar no lugar que estou, escutei inúmeras vezes que aquilo não era pra mim, o quão utópica era, e mesmo hoje ainda estando lá dentro não me sinto totalmente segura como a maioria dos meus amigos nessa jornada, todos eles tem família pra apoiar, se tiver algum deslize financeiro ou emocional podem correr pra eles e pedir socorro, enquanto eu tive que ser adulta em um passo só por ter escolhido o caminho que todos falaram pra eu não seguir, e não só isso, como também aquilo que todos passam como a saudade de casa, família, amigos e toda sua vida que foi construída em outro lugar. não, não me arrependo de maneira alguma, toda vez que entro dentro da sala de aula parece que tudo faz sentido, na verdade, só queria dizer como os sonhos custam da gente, mas o quanto eles também nos fazem crescer. e por mais que um sonho custe muito sacrifício, o pior dos pesadelos é nunca realizar um sonho.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

For Rue || "I coudn't save her"

cover your crystal eyes and feel the tones that tremble down your spine

quando a gente realmente vai saber a maneira certa de agir? existe uma linha tênue entre impulsividade e erros.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

terça-feira, 26 de maio de 2015

Mas acredite quando eu digo: seja feliz. Você nasceu pra ser espinho, e eu cicatriz.

sobre ponto final com gosto de promessa

Promessas, fazemos o tempo todo. É tão ridículo da nossa parte, mas continuamos brincando de donos do destino. Quando amamos muito alguém queremos escutar que nunca seremos deixamos de lado, queremos prever o futuro, mas na verdade é que mais do que não saber o dia de amanhã nós não sabemos o nosso ser de amanhã. Tudo muda, inclusive as pessoas. Já dizia Heráclito "ninguém entra duas vezes no mesmo rio, pois quando se entra nele novamente não se encontra as mesmas águas". É ótimo amar alguém e crescer com essa pessoa, o horrível é olhar pra ela e não reconhece-la mais, não reconhecer o sentimento e estar agarrado a promessas e lembranças de um ciclo que é necessário terminar. Nunca me dei bem com fins, nem mesmo quando eu sentia que precisavam existir. Ontem olhei a gaveta e vi aquele seu diário escrito, no qual combinamos de fazer durante um tempo pra conhecermos ainda mais sobre nós. Não lembro exatamente o que escrevi a três anos atrás, mas me recordo de ter falado sobre sua solidão ser a minha e que você nunca mais estaria sozinha. Hoje estamos aqui tentando ver onde aquelas pessoas estão.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

anatomia de grey



Dr. Meredith Grey: Qual o objetivo? Todas essas horas e todo o dinheiro. Qual é o objetivo? O mundo é um lugar horrível. Jovens morrem de doenças. Não faz absolutamente nenhum sentido tentar ser feliz em um mundo que é um lugar tão horrível.
Dr. Wyatt: Sim.
Dr. Meredith Grey: O quê?




Dr. Wyatt: Sim, coisas horríveis acontecem. Felicidade não é o centro de tudo isso ... esse não é o objetivo. Se sentir horrível sabendo que você não vai morrer desses sentimentos é o objetivo.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Carregando o peso de ter que ser alguém

Costumo ouvir por aí que não me encaixo. Que não sirvo para fazer parte disso ou daquilo. Que existe um padrão e que eu não estou nele. Tem gente que lida fácil com esse tipo de coisa. Eu não. Muita gente não. Às vezes sinto como se a vida fosse uma prova de alternativa e eu não tivesse a menor ideia de qual assinalar. São todas tão parecidas. Nenhuma parece estar certa: nenhuma reflete quem eu sou de verdade. E a vida lá, cobrando, me fazendo assinalar um x só para não deixar a folha em branco. Compreendem? Imagino que não. A real é que a gente leva nas costas muito mais do que deveria carregar.

sábado, 25 de abril de 2015

A vida vai doer. As pessoas vão se machucar. Sentimentos que você não deseja vão surgir.

domingo, 12 de abril de 2015

Farol

E nem de longe a gente pode disfarçar
O que há por trás da pele...
Mas saiba que o teu olho me emburrece mais
Do que as mentiras que eu li nos jornais de ontem


E se eu explodir
Diga que vem me visitar
Pra juntar os pedaços
De mim

Mas será que no corpo de um outro alguém
Meu coração pode funcionar bem melhor?


Bem aventurados os que mentem
Felizes são aqueles que não sentem
E eu, sentenciado a reclusão.
À luz desse farol da solidão

Esse lampejo guia os barcos até o cais
Mas queima os nossos olhos
É pra que numa noite de escuridão
A gente encontre uma só razão para continuar vivendo

E a todo o vapor
Navego até o mundo se dobrar
Sumindo no horizonte..
Eu volto quando o vento me fizer voltar
Tenho um milhão de estrelas só pra me guiar...

Bem aventurados os que mentem
Felizes são aqueles que não sentem

E eu, sentenciado a reclusão.
À luz desse farol da solidão

sábado, 11 de abril de 2015

coração não é tão simples quanto pensa, nele cabe o que não cabe na despensa

É tão fácil ter relações superficiais. Hoje podemos estar perto, amanhã não mais e isso não nos afeta em nada. Mas quando alguém nos enxerga por dentro, quando alguém faz com que você tenha paciência e confiança pra compartilhar seus medos e angústias e se sentir confortável com isso... Não, não será fácil. Principalmente quando as pessoas saem pela porta da frente, voltam de vez em quando como visitante, fingindo que nada sabe. "Como ousa? Sério? Sabe quantas lutas internas eu precisei enfrentar pra confiar e ter toda a coragem de fazer que entendas meu mundo? Saia por essa porta, mas devolva todos os meus segredos de volta. Devolva todas minhas fragilidades, devolva tudo aquilo que eu tive de melhor e extrai pra te entregar. E se não for pedir muito, devolva minha paz."

sexta-feira, 3 de abril de 2015

"Espero que encontre uma pessoa sem a qual não possa viver. Espero muito. E desejo que nunca precise saber como é tentar viver sem ela."

segunda-feira, 30 de março de 2015

Uma menina me ensinou quase tudo que eu sei

Por muito tempo pensei que nunca mais seria capaz de abrir meu coração cem por cento pra alguém, que a vida tinha tirado de mim toda a confiança e brilho que tinha com meus 12 anos, onde eu pensava que tudo era lindo e as pessoas boas. Tudo que queria era estabilidade emocional, estar em relacionamentos onde eu tinha o controle. Você foi capaz de desestruturar minha estrutura e abrir todos os baús que estavam no mais profundo eu, a Larissa doce que ficou em um passado distante, caída no meio do caminho. Não queria pensar em viver uma vida sem ter você com tudo aquilo que eu mais precisava, meu amor, minha amiga e até minha família quando fosse necessário. Queria que eu nunca precisasse viver assim, queria mesmo que a vida fosse mais justa, que o amor fosse toda essa chave pra abrir todas as portas do mundo, ou queria ao menos que você fizesse eu voltar a acreditar nisso, como você fez com milhares outras coisas. Mas você não acredita, e eu não posso acreditar sem você. Odeio me sentir patética por precisar de você feito uma droga sem fim, odeio como você pode mudar o meu dia com todos os sorrisos e palavras. Odeio e amo. Eu não quero ter que viver uma vida sem você, não me faça ter que aprender.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Sobre escrita e respeitar a si mesmo

Quando eu era criança chorava pra ser gente grande, amava rosa, barbie, princesas, coroa, ser o centro das atenções. Quando fui crescendo me deparei com algumas mudanças drásticas sem qualquer motivo aparente, e então, comecei esse blog como uma maneira de refúgio. Eu era tão nova e já percebia que era diferente das pessoas que me cercavam, não entendia, mas pensava que o mundo era bom demais e o problema fosse eu. É estranho quando você, por exemplo, amou a vida inteira rosa e depois começa a escutar de alguém que o rosa é pra menina e o azul pra menino e se irritar profundamente, que alguma coisa é extremamente perigosa e você só consegue pensar que é algo completamente normal, que você não passou maquiagem então o cara não vai te querer, ou então não ver qualquer problema em chegar na festa onde alguém está com a mesma roupa que a sua. Eu só tinha 11 anos... E também é justamente nessa fase aquela ideia extremamente doentia que todo pré-adolescente tem em ser aceito, então você se depara com o mundo te dizendo o certo a fazer e por mais que você tente muito, o tempo todo se depara com a insuficiência, e o estar longe do verdadeiro padrão. Nessa época eu dei uma verdadeira enlouquecida e, sem qualquer exagero, pensei que aos 15 anos seria o meu game over. Demorei pra enxergar muita coisa, demorei inclusive pra crescer e me respeitar, não gostaria nunca de voltar atrás. Depois de um tempo esse blog acabou sendo o meu baú de recordações, queria deixar nele coisas que um dia leria com outros olhos e, de fato, aconteceu. É estranho perceber como a escrita pode simplesmente nos mostrar quem éramos em tal época e não somos mais. Nem sequer consigo lembrar com exatidão, mas eu só sei que eu nunca poderia agradecer alguém mais do que a escrita. Ao mesmo tempo sinto que existe tanto da antiga Larissa em mim, só que agora tendo auto conhecimento, é sei lá... Complicado falar de mim hoje em dia, acabei criando uma barreira ridícula pra sentimentos só pelo conforto de não me sentir patética. No meio do caminho acabei perdendo muita coisa com isso, inclusive deixei de criar vínculos porque odeio colocar ponto final em tudo... Mas, afinal, se até a escrita tem ponto final, quem sou eu pra falar que na minha vida não pode ter? Tô aprendendo viver e, acima de tudo, entender essa montanha russa que, às vezes, nos deixa completamente malucos.