sábado, 23 de julho de 2016

no instante do entanto


Não confunda tolerância e empatia com burrice emocional.

Desde nova parti do pré suposto que não devemos carregar mágoa das pessoas, que elas erram e devemos perdoá-las, mantê-las, não devemos brigar (só em casos excepcionais). Durante muito tempo essa atitude me corroeu, mas nada na qual eu não pudesse administrar da forma como sempre acreditei que as coisas funcionassem: Você não tem culpa pelo que sente, mas pelo que faz com o que sente. Você está no controle sobre o que vai exteriorizar das suas emoções. Fingir que estava tudo bem sempre me pareceu a saída menos patética e prática. Uma amiga me disse em algumas semanas atrás "Quando você não fala sobre algo é como se essa coisa não existisse", lembro que questionei a frase, até ela me explicar especificamente o sentido dela. A vida me ensinou uma coisa muito mais importante nos últimos tempos: Você não é obrigada a se acostumar com o que te faz mal. Você não é obrigada a fazer esforços para manter alguém em sua vida enquanto ela te desrespeita, é desleal, mente, omite, está do seu lado apenas nos momentos que convêm. Ou até mesmo quando alguém está do seu lado em todos os momentos, mas ao invés de fazer com que você se sinta um ser humano melhor, apenas te coloca pra baixo com palavras e atitudes ridículas. Não é o "jeito dela", é o jeito em que ela acredita poder te tratar, porque se você é importante pra alguém e faz questão de deixar claro que merece mais do que ela esta te dando, algum esforço ela irá fazer pra melhorar. Se não fazer, tudo bem, um dia você aprende também que a vida é bem grande e você vai viver muitas histórias ainda, que você vai conhecer muita gente também. Essas linhas não são específicas pra alguém, antes fosse porque poderia ao menos dizer que é um fato isolado. Nunca confunda tolerância e empatia com burrice emocional. Tive que aprender isso na marra, no fim das consequências mais amargas, quando eu olhava pra frente e não conseguia ver e nem sentir mais nada de bom, quando percebi que minhas emoções já não estavam mais no meu controle. Olhe pra dentro de você e entenda suas necessidades, você não tem que estar em situações horríveis pra agradar ninguém enquanto se auto desagrada. Você não tem que estar em situações horríveis por não querer desapontar alguém que não pensa duas vezes em fazer isso com você.

Nunca passa.

Não consigo entender o que a vida é. Às vezes andando ou observando me deparo com cada preciosidade, consigo perceber sua imensidão e beleza. Como existe milhares de coisas pra serem descobertas, e a gente ainda vai morrer sem saber tudo. Existem outros momentos em que paro pra refletir e não consigo ver nada de bom, não é justo, não pode ser, como proceder? O nó na garganta não sai. Não sai por mim, por você, e pelo resto do mundo. Não sei o que fazer sendo assim, do jeito que sou. Conheço tanta gente, já vivi cada sensação boa e ruim. Mas toda vez que olho pra dentro de mim não consigo achar respostas, parece que nada nunca vai ficar bem de verdade.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

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Observo as coisas que você diz, pequenos gestos querendo me fazer voltar e lembro de todos os dias que ia dormir pensando como fui enganada, mas somente porque me permitia ser.

Boyce Avenue - Somebody That I used To Know LYRICS

segunda-feira, 18 de julho de 2016

domingo, 10 de julho de 2016

(!!)


resiliência;


Edifício.

Nós somos um edifício. Edifício esse que fazemos esforços diários pra mantermos em pé. Rebocamos, pintamos, soldamos. Tudo, tudo, tudo. Tudo por fora. Houve um tempo, precisamente nove anos atrás, que parei pra observar o meu edifício e quase enlouqueci com o que vi. Pensei que ele tivesse algum defeito enorme, porque todos os outros que observava pareciam lindos e o meu não. Parecia que ia cair a qualquer momento. Parecia pintura bonita sem significado. Qual o sentido de ter um edifício tão alto e belo, mas insustentável por dentro? Me lembro do momento no qual entendi que todos os edifícios eram assim, não sei se doeu menos ou mais. 

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Speak.

A gente costuma tanto se preservar. Preservar sentimentos. Ninguém vai saber se você fingir que está tudo bem, mas a questão é: Nem sempre está tudo bem. E não precisamos fingir que sim, precisamos falar disso, precisamos dizer o que pensamos pra que tudo fique aonde precisa estar: No passado.

Mas se a gente é o que come, quem não come nada some, por isso ninguém enxerga essa gente que passa fome.