sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

2016.

Ano novo da beleuza;
Baralho depois do RU;
Área veterinária;
Skol Beats na sacada;
Trabalho e curar dor de cabeça com vodka azul (se aventurar na área verde);
Carnaval na piscina;
Praia;
Síndrome do Pânico;
Festa da sala em sala, nossa festa no Centro Acadêmico;
Se iludindo todo dia por celular;
Pior aniversário da vida;
Pizzaria com aula de história;
As aventuras no cinema;
Aeroporto e praça com os moradores do abrigo;
Votação do CA (e vitória);
Fechadura travada;
Festival Alternativo;
Gelatina com pinga;
Lidar com crianças de 18 anos;
Cecebebi;
O dia do encontro inesperado com a crush;
Aniversário surpresa da Gabi;
Estação Café (Cover do CBJR);
Histórias de beco;
Perder óculos no carro da carona;
Churrasco do Jamaicanos;
Despedida do professor de sociologia noturno;
Volta às aulas e óculos quebrado na área verde;
Votação do DCE e brigas;
PicNic no Igapó;
Kutuvas e escadas;
Assalto no Igapó;
Zerão do terror;
Psicólogo;
Greve;
JIA pior festa existente;
Ocupação das escolas do Paraná (APLICAÇÃO);
Churrasco e histórias com o uber;
A briga do ano;
Sarau do Jamaicanos na frente da Imobiliária;
Ocupação da reitoria;
Movimento Estudantil;
Manda o cachorro quente no zerão;
Igapó com Gabi depois de dormir no role com desconhecidos;
Cachorro quente sem salsicha e pastel de camarão sem camarão;
Festa do ME;
Brasília;
Lorena;
Formatura da irmã;
Camila Cabello.


terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Anavitória - Cor de Marte (Vevo Presents)

Mãe;

Eu te amo. Muito. A única coisa que você não é capaz de entender é que eu nunca consegui e nem nunca conseguirei ser como você é, sabe, isso faz cócegas nas minhas certezas de como nosso meio influência quem seremos. Porque eu sempre fui o tipo de pessoa rodeada de gente que leva a vida ao pé da letra, que chega até ser careta, e fugia das linhas da estatística. Porque esse não é meu mundo. Porque essa nunca foi quem eu sou. E não tem como ser, pra te fazer mais feliz. A minha realização nunca estará concentrada em fazer almoços de domingo pra família, embora hoje em dia eu compreenda e lide melhor com isso. Minha realização nunca estará concentrada em acordar às oito horas da manhã num dia sem compromissos pra ser produtiva. Minha realização poderia até estar concentrada em um nível de organização melhor do que o que tenho, porém não é como se me faltasse esforços. Minha realização não se concentra em programar exatamente tudo que farei na vida, porque ela já é tão cheia de normas, regras, burocracias, e só quero poder fazer às coisas sem isso, em algum momento. Minha realização não se concentra em escutar algo pra ser feito agora e fazer na mesma hora, é preciso processo. Minha realização não se concentra em estar 24hrs por dia focada no mundo real, eu preciso sair dele às vezes pra respirar, e não como você, num dia de festa... Hoje mesmo, depois do almoço, eu só preciso mesmo é ficar quietinha escutando o som do meu coração e tentando fazer minha cabeça não explodir, acredito que você nem ao menos perceba, mas é um esforço diário. Faz tempo. Minha realização não se concentra em entender as coisas como formas inteiras e acabadas "isso é assim que se faz" "você está fazendo errado"... Sabe, minha realização se concentra em entender que existe milhares de processos diferentes, quem sabe pra se chegar no mesmo lugar, quem sabe pra se chegar à outro, mas tudo bem, a gente pode aprender tanto dentro de caminhos "errados", ou quem sabe certos, mas que são "diferentes". Porque a gente pode aprender tanto ao deixar o outro ser o outro. Você deveria entender que se abrir à possibilidades não é erro, é acerto. Você deveria entender que respirar não é perca de tempo, é saudável. Você deveria entender que às coisas não são preto e branco. Sim, deveria. E agora eu sei que essas minhas colocações soam como uma grande contradição, mas é só que eu gostaria que você pudesse entender que, olha, tá tudo bem. Não precisa levar à vida tão a ferro e fogo. Queria que você entendesse que ter me afastado do seu mundo me fez entender como eu nunca estive errada. Me fez melhor. Me fez crescer. Eu te amo, mas não, eu nunca poderia ser como você. 

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Se eu soubesse antes o que eu sei agora...

Tem dias, como hoje, que me da uma angústia sem fim. Tudo de novo. Quando penso na linha tênue de você em minha vida. Erro, erro bonito que faz a gente crescer e viver. Viver, viver, viver, até se transformar e não lembrar quem costumava ser e, ainda bem.

Quantas vezes a gente sobrevive à hora da verdade?

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Ainda.

Ainda vamos continuar rodando os postos do centro da cidade pra achar bebida mais barata. Ainda vamos ficar falando horas sobre assuntos diversos e rindo sem parar numa mesinha aleatória enquanto diversos carros estão passando, e trocaremos ideias com um catador de latinha ou fumaremos um com os órfãos que moram numa casa de abrigo perto do aeroporto. Ainda iremos comer cachorro quente e você irá pedir um sem salsicha e depois querer brigar porque não se lembra. Ainda vamos chegar cinco horas da manhã numa feira e pedir pastel de camarão, que não tem camarão nenhum. Iremos apertar frutas e procurar alguma barraca de pamonha com queijo. Ainda vamos ficar vendo a vista da cidade em cima de terraços e ficar cantando músicas aleatórias fumando e bebendo um vinho.

Tá tudo bem.

Nunca pensei que fosse chegar o dia em que eu ia entender que a gente realmente não tem culpa do que  sente. Que não, a gente não tem o controle do que sente. Nunca pensei que fosse chegar o dia em que ia compreender que amar é dar os melhores conselhos possíveis para alguém solucionar um problema, mas ter consciência de que à vida é do outro e que só ele, ninguém além dele, sabe o que o leva à isso. O que pode fazer de melhor para lidar com algum assunto. Às vezes as pessoas querem muito escolher algo, mas não podem, ou não conseguem. Não podemos nos descabelar tentando fazer com que elas consigam porque, olha só, de verdade é difícil até pra gente. Logo eu que considero todo esse lance de "vivência" uma puta falácia pós-moderna, hoje entendi através dela que não devemos nos punir tanto e nem aos outros por coisas que não são iguais às fórmulas e teorias científicas. Quero agradecer, porque 2016 me proporcionou compreensões incompreensíveis, me fez entender que às vezes às respostas são mais nas entrelinhas e nem sempre racionais. E tudo bem não ser só racional. Tudo bem se expôr ao ridículo. Tudo bem falar do que sente. Tudo bem perder a pose, o luxo, a sensatez, pelo menos uma vez. Tá tudo bem, de verdade. Nem sempre a coerência te leva ao que você é. 

E saiba que eu não sei viver com o estrago que o tempo faz.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

13/12/2016 - Brasília - DF


Quando eu tinha 14 anos um dos meus maiores sonhos era ir pra Brasília, lembro que sempre cantava aleatoriamente aquela parte de Faroeste Caboclo que dizia que nesse país lugar melhor não há, e decorei a música inteira assim como Julho de 83 onde dizíamos que nossa adolescência era vazia e não éramos compreendidas por ninguém. Você foi a responsável por esse blog ter continuado existido numa terminada época, ou melhor, você foi a responsável para eu não ter enlouquecido. Você que me fez entender que tá tudo bem ser assim, do jeito que eu sou, e que definitivamente eu não era a única do mundo que enxergava detalhes que quase mais ninguém vê. Você que me fez ficar ainda mais obcecada nesse lance de ler pessoas, mas me fez entender também que a nossa interpretação pode ser muito falha. Você que me ensinou o jogo do contente, porém que explodir às vezes é necessário. Você foi a responsável para eu entender que amor não tem a ver com reciprocidade. Você foi a primeira pessoa que me fez questionar a falácia de bem e mal absolutos. Seis anos esperando por esse momento, o que eu nunca imaginei depois de tantas águas passadas é que esse dia chegaria assim, de uma hora pra outra, sem nem mesmo planejamento. Cedo ou tarde a gente iria se encontrar, com você ali na minha frente a certeza que tive é que não, nunca foi tarde e nem nunca será. Te amo infinito ♥

sábado, 3 de dezembro de 2016

Dias escuros.

Tem dias em que eu gostaria de poder gritar bem alto pra fazer metáfora sobre tudo dentro de mim sair pra fora. Tem dias que queria que alguém me abraçasse bem forte enquanto choro um oceano sem questionamentos, suposições, que faça silêncio e que se eu sentir a necessidade de falar algo que não haja a obrigação de conexão, pois tem dias em que se fazer coeso é algo exaustivo demais. Tem dias que eu paro pra pensar sobre as coisas ruins do mundo, a incerteza sobre ele e às pessoas (me incluindo) e me sinto completamente avulsa. Tem dias que me sinto péssima por não conseguir mudar coisas que odeio até em mim mesma. Tem dias que me sinto péssima por não conseguir mudar como me sinto, porque não é possível se sentir dessa forma tantas vezes em um curto prazo de trinta dias de um mês. Tem dias que me sinto patética por todas as pessoas que tocaram a minha vida de forma profunda ter mais importância na minha história do que eu na delas. Tem dias que choro desesperadamente por não conseguir consertar coisas que não dependem de mim. Tem dias que choro desesperadamente por não conseguir mudar nem o que depende de mim. Tem dias que choro bem baixinho no travesseiro porque não quero que ninguém me ouça, nem que me diga o que tem que ser feito, muito menos que não devo e nem tenho motivos pra me sentir assim. Tem dias que não consigo parar e não quero que ninguém me diga que sim.