sábado, 3 de dezembro de 2016

Dias escuros.

Tem dias em que eu gostaria de poder gritar bem alto pra fazer metáfora sobre tudo dentro de mim sair pra fora. Tem dias que queria que alguém me abraçasse bem forte enquanto choro um oceano sem questionamentos, suposições, que faça silêncio e que se eu sentir a necessidade de falar algo que não haja a obrigação de conexão, pois tem dias em que se fazer coeso é algo exaustivo demais. Tem dias que eu paro pra pensar sobre as coisas ruins do mundo, a incerteza sobre ele e às pessoas (me incluindo) e me sinto completamente avulsa. Tem dias que me sinto péssima por não conseguir mudar coisas que odeio até em mim mesma. Tem dias que me sinto péssima por não conseguir mudar como me sinto, porque não é possível se sentir dessa forma tantas vezes em um curto prazo de trinta dias de um mês. Tem dias que me sinto patética por todas as pessoas que tocaram a minha vida de forma profunda ter mais importância na minha história do que eu na delas. Tem dias que choro desesperadamente por não conseguir consertar coisas que não dependem de mim. Tem dias que choro desesperadamente por não conseguir mudar nem o que depende de mim. Tem dias que choro bem baixinho no travesseiro porque não quero que ninguém me ouça, nem que me diga o que tem que ser feito, muito menos que não devo e nem tenho motivos pra me sentir assim. Tem dias que não consigo parar e não quero que ninguém me diga que sim.

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