sábado, 26 de dezembro de 2015

viver é melhor que sonhar.

quando chega essa época do ano, inevitavelmente, chega a avaliação do mesmo. começo dizendo que 2015 foi o ano mais intenso da minha vida. primeiramente, por ter conseguido realizar um sonho que, muitas vezes, cheguei até duvidar que conseguiria alcançar... sair de casa e viver minha vida da maneira que sempre quis, isso era algo que esteve em minha mente desde muito pequena. francamente, disso não posso reclamar, porque sem dúvidas, vivi coisas nas quais nunca tive a oportunidade devido a diversos fatores que me impediam na casa da minha mãe e na cidade em que cresci. parece que é inevitável também essa ideia de "incrível começar do zero, chegar em um lugar e poder se REcriar". de fato quis muito isso, mas a mudança da recriação veio com o tempo e vivências, me tornando alguém bem diferente de um ano atrás. em todos os aspectos possíveis, não só acadêmico, como sentimental e a maneira de enxergar o mundo e as pessoas. posso descrever 2015 como um ano dolorosamente lindo. apesar de tudo, o que sempre reclamei foi da mesmice e não viver histórias... esse ano foi uma montanha russa de emoções e enredos, nos quais muitas vezes quis até mesmo fugir. viver é melhor que sonhar. sonhar e viver é melhor que a frustração de não ter tentado. não me arrependo de nada, até mesmo a dor foi compreensível esse ano. REcriar-se em 2016...

sentir coisas que não teria sentido.


quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

maior lição 2015


falando por mim.

"Sempre está nessa busca inquieta do que nem ela mesma sabe se existe. Acha que pode mudar tudo com uma conversa. E tenta, pede, insiste. Tenta te convencer de que deve tomar mais um gole, tenta te convencer de que está bem. Fica inquieta, busca companhia pra não se deixar perceber o que se passa dentro. Afoga os gritos do coração e vive no exterior. Pulando de galho em galho, jura ser passarinho livre no céu, mas tá sempre procurando um ninho. Faz dengo sem ver, não percebe que a vida é o momento que se vive agora, não a busca insaciável pelo cansaço da tentativa frustrada de acalmar o peito. Se gaba do que tem, sem perceber que está falando do que te falta. O peito tá cheio de segredos, sobre todas as coisas que prefere esconder e não mostrar seu lado frágil. Ela luta pelo o que ama, se dedica, respeita, e dá a sua alma, mas tem medo de tudo acabar de uma hora pra outra. Por isso foge. Foge dos amores, foge do sono, foge de casa, foge de você, foge de mim, foge de si. Anseia pela perfeição das coisas, e se perde ao perceber que não existe perfeição ao tentar encaixar ideia da mesma no mosaico da vida. É que a vida não tem manual, ela acontece, e tudo pode acontecer. Isso a assusta. No fundo seu desejo pela perfeição é sua vontade de ter tudo o que ama perto, seu desejo é que não haja mais tanta coisa pra se fazer fugir. “Por que você não pode ficar mais um pouco? Eu gosto da sua companhia, gosto mais de mim quando você me faz sorrir.”, ela sabe que sente, mas prefere dizer mais tarde, mantem a primeira frase e depois seu calor guardado pra quando tiver certeza que você vai ficar, descarta o mimimi enquanto inventa motivos bobos e barganhas pra te fazer ficar. Se tá bom, é que tá na hora de ir, é melhor manter a lembrança de que foi perfeito. Ela não é fria, apenas sente frio. Quer uma alma quentinha pra se deitar e dizer que tá tudo bem, amanhã vai ter café quentinho na mesa, enquanto a gente ri do passado."

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

c'est la vie.

hoje é mais um daqueles dias no qual irei parecer uma adolescente falando, mas preciso expressar esse sentimento insuportável, imensurável, sem cabimento, de alguma forma... mesmo que essa seja a mais patética possível, não que eu esteja desvalorizando a escrita, mas eu não consigo entender nem arrumar nada de jeito nenhum. não entendo por qual razão a vida tem que ser como é. tem dias que acordo querendo viver tudo que esse mundo pode oferecer, experiências novas, tudo isso é algo que, de fato, me atrai demais... lugares, coisas, teorias, sensações. mas, outros dias eu só acordo pensando "caralho, por que as coisas TEM QUE SER COMO SÃO?", nunca serei forte o bastante para encarar a realidade, o nó na garganta nunca vai embora, as coisas nunca irão mudar e preciso entender. preciso parar de brincar de menina super poderosa. preciso parar de me importar mais com os outros do que comigo mesma. preciso parar de sentir tudo, tudo, tudo, de maneira tão intensa do jeito que sinto. não consigo mais. game over, fim... ouça o meu lamento: c'est la vie.

domingo, 20 de dezembro de 2015

ANA - Deixa




Ainda ontem sonhei com você
Vi a resposta depois me esqueci
Você não sabe dizer que não quer
Mas não responde dizendo que sim

Eu não entendo minha própria fé
Acreditar no que você me diz
Sabe morena, pensei em você
Logo depois tive medo de mim

Mas deixa
Às vezes tenho paz
Deixa
Respire devagar
Deixa
Talvez seja melhor
Deixa
Às vezes erro o tom

Hoje mais cedo pensei em ligar
Dizer que é bom escutar sua voz
Mas a verdade é que posso jurar
Nunca te ouvi

Que coração preguiçoso esse teu
Fica esperando sem nunca insistir
Você parece uma sensação
É bom sentir

Deixa
Às vezes tenho paz
Deixa
Respire devagar
Deixa
Talvez seja melhor
Deixa
Às vezes erro o tom

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

alternativas.

‎"Tive um vizinho que gritava com a namorada ao telefone, sem se importar que o prédio inteiro ouvisse: “Não sei o que fazer! Fico mal contigo e fico mal sentigo!”. Sempre achei essa situação desoladora, e nem estou falando do português do sujeito. É duro ter apenas duas alternativas (ficar ou ir embora) e ambas serem terríveis."

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

crise existencial

hoje não consigo pensar em nada que seja bonito, não consigo achar nada de bom. a coisa que mais me frustra é pensar que a vida não tem explicação... estamos aqui sem ao menos termos certeza para onde iremos ou se iremos, de fato, para algum lugar. todos os dias, o tempo todo, escuto milhares de certezas rotineiras sobre a vida, mas não consigo sequer formular uma frase e questionar como alguém pode ter tanta certeza de coisas tão banais. vazio sem fim. queria demais me agarrar a ideias sobre destino e seus sinônimos, mas não consigo, não mais. tudo que ainda da, às vezes, é fazer a existência menos dolorida (anestesiada), até tudo voltar a doer de novo. novamente. novamente. novamente. um ciclo, no qual nunca fecha de fato.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

sábado, 5 de dezembro de 2015

observa-dor

diz que ama azul, preto, verde, vermelho. ontem acordou amando azul, o céu, o sol, a vida, os sonhos e as pessoas, sentiu uma vontade imensa de mudar o mundo, questionou tudo, descobrimos um lugar só nosso onde falamos sobre onde estamos, para onde iremos, sobre o conceito de felicidade e ciências em geral. hoje despertou amante do preto, odeia a vida, as escolhas, os caminhos, a companhia de ninguém lhe cabe mais do que da leda na qual nunca a deixa só... fria como neblina. amanhã vai acordar descobrindo que, na verdade, sempre sentiu necessidade do verde, de observar a seiva, todas as árvores da cidade numa órbita totalmente singular, vai sentir e transmitir paz. depois de amanhã o vermelho vai lhe invadir, não irá sair de sua diplomacia para mostrar teu ódio e vontade de vingança, mas isso é o que sentirá, vontade de sumir, dormir, dormir, dormir, permanecerá áspera, frígida, alcançando seus objetivos com uma classe única. no dia seguinte, nascerá outra cor. você é assim, um tom sem exatidão, no qual as pessoas só sentem a necessidade de seguir a direção. viver é melhor que sonhar. absorva, observe. observa-dor.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015