sábado, 28 de junho de 2014

1.8 Jauregui


LERN JERGI. É O SEU ANIVERSÁRIO. VOCÊ TEM 18 ANOS. ESTE É O MOMENTO QUE VOCÊ ESTAVA ESPERANDO. SE VOCÊ COLOCAR SUA LÍNGUA PRA FORA AGORA VOCÊ PROVAVELMENTE PODERIA PROVAR A DOCE LIBERDADE PUNGENTE DE TATUAGENS DE LIBÉLULAS, PIERCINGS NO NARIZ E DIREITO DE VOTO. Nós passamos por bons e maus momentos na nossa amizade, e através destes eu fui abençoada o suficiente para experimentar você como pessoa. Eu pude experimentar o seu gosto musical bombástico que estou TÃO FELIZ QUE VOCÊ TENHA ME APRESENTADO porque nós tivemos os melhores momentos em shows, nos conectando com bandas e há muitos mais para vir, se Jesus quiser. Posso falar com você sobre qualquer coisa e esperar a pura, honesta, e rara verdade e eu sempre estarei lá para dizer-lhe que vai ficar tudo bem quando você chorar no meu ombro quando você se sentir solitária ou ferida. Eu pude ver em primeira mão o seu senso incrível de justiça, quando você vê que algo injusto ou errado aconteceu, você levanta a sua voz e luta por aquela pessoa com uma bravura que eu, e muitas outras pessoas (embora talvez não admitam) gostariam de ter. Eu amo como você, apaixonadamente, luta por aquilo que você acha que está certo e todos devem lembrá-la hoje, e todos os dias, que isso é força e não uma fraqueza. Eu não posso te dizer o quanto é reconfortante saber que alguém como você vai estar por mim e estar comigo quando eu precisar, eu espero que você saiba que eu também irei. Eu te amo sempre ♥

segunda-feira, 16 de junho de 2014

quarta-feira, 11 de junho de 2014

"A coisa sobre a realidade é que ela ainda está lá esperando por você na manhã seguinte."

"Você sabe que eu poderia te dizer um monte de coisas que iria assustá-la, Dina. Eu poderia dizer-lhe que eu vou fazê-la minha vadia da prisão. Eu poderia dizer-lhe que eu vou fazer você meu rato de casa, que eu vou fazer sexo com você mesmo não tendo uma ligação emocional; que eu vou fazer com você o que a primavera faz com cerejeiras, mas de uma maneira presidiária. Pablo Neruda. Mas por que se preocupar? Você é muito difícil, né? Eu sei como é fácil de se convencer de algo que você não é. E você pode fazer isso lá fora. Dá pra seguir em frente. Basta se manter ocupada pra não ter que encarar quem você é. As outras pessoas não são o pior da cadeia. A parte mais assustadora é encarar quem você realmente é. Mas você é fraca. Eu sou como você, Dina. Eu sou fraca demais. Eu não posso passar por isso sem alguém para tocar, sem alguém para amar. Isso é porque o sexo entorpece a dor ou é por que eu sou um monstro mal da porra? Eu não sei. Mas eu sei que eu era alguém antes de eu chegar aqui. Eu era alguém com uma vida que eu escolhi para mim. E agora? Agora é apenas um dia passando tentando não chorar. E eu estou com medo. Eu ainda estou com medo. Estou com medo de não ser eu mesma aqui e estou com medo de ser. As outras pessoas não são a parte mais assustadora da prisão, Dina. Mas sim ficar cara a cara com quem você realmente é. Porque uma vez que você está por trás dessas paredes, não há para onde correr, mesmo se você pudesse correr. A verdade alcança você aqui, Dina.. E é a verdade que vai fazer você uma vadia."


Penso que a razão principal de gostarmos tanto de OITNB é porque temos de ver o passado de todo mundo e perceber que, mesmo que alguém possa parecer uma pessoa ruim, elas ainda são humanos e têm lutas, paixões, angustias e traumas assim como todos.
Eu odeio pedir coisas das pessoas. Não tenho pulso, força emocional sem conseguir chegar no fim da conversa como se elas tivessem fazendo um favor para mim, mesmo que em muitos casos não os seja. É horrível, porque eu acabo me odiando e fazendo um milhão de suposições de como poderia ter sido diferente se tivesse agido de tão forma. É terrível viver como se você fosse apenas um peso na vida de todos porque, simplesmente, não conseguimos cobrar nada sem, em seguida, pedir desculpas. Eu gostaria de saber enfrentar as situações sem ter vontade em cada segundo de chorar ou voltar pra casa, abandonando todos. Eu amo pessoas, claro. Não da pra dizer que não, mas ao mesmo tempo não sei a que ponto pode ser bom gostar mais de viver e fazer coisas sozinhas do que com qualquer um. Gostar de ler sozinha, ir no cinema sozinha, na academia sozinha, no centro sozinha, ficar no quarto trancada e sozinha. A solidão é minha melhor companhia, em todas as situações. Nunca sinto como se tivesse incomodando, não há quem incomodar, se enganar, enganar alguém, além de si mesmo. Enganar a si mesmo já é uma grande tarefa. Eu não sei viver por um dia inteiro sem provar da solidão, me sinto sufocada, cansada, angustiada. É muito difícil. Eu amo individualismo. Não existe uma sequer pessoa no mundo que saiba tudo sobre mim e elas nunca saberão, eu não tenho força o bastante nem mesmo pra tentar explicar.