quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Tá tudo bem.

Nunca pensei que fosse chegar o dia em que eu ia entender que a gente realmente não tem culpa do que  sente. Que não, a gente não tem o controle do que sente. Nunca pensei que fosse chegar o dia em que ia compreender que amar é dar os melhores conselhos possíveis para alguém solucionar um problema, mas ter consciência de que à vida é do outro e que só ele, ninguém além dele, sabe o que o leva à isso. O que pode fazer de melhor para lidar com algum assunto. Às vezes as pessoas querem muito escolher algo, mas não podem, ou não conseguem. Não podemos nos descabelar tentando fazer com que elas consigam porque, olha só, de verdade é difícil até pra gente. Logo eu que considero todo esse lance de "vivência" uma puta falácia pós-moderna, hoje entendi através dela que não devemos nos punir tanto e nem aos outros por coisas que não são iguais às fórmulas e teorias científicas. Quero agradecer, porque 2016 me proporcionou compreensões incompreensíveis, me fez entender que às vezes às respostas são mais nas entrelinhas e nem sempre racionais. E tudo bem não ser só racional. Tudo bem se expôr ao ridículo. Tudo bem falar do que sente. Tudo bem perder a pose, o luxo, a sensatez, pelo menos uma vez. Tá tudo bem, de verdade. Nem sempre a coerência te leva ao que você é. 

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