segunda-feira, 1 de março de 2010

Dor.



Quem ousa experimentar essa sensação por vontade própria ?
Quem se atreve a desafiá-la com tamanho destemor e aguentar suas consequências ?
Quem já se deparou com ela, se despedaçou inteira, e ainda sim a olha de cabeça erguida ?
Diversas dores.
Aquela que inflinge o seu corpo, que te nega todos os outros sentidos. Mas uma dor passageira. Que pode ser controlada, curada, ou até dopada.
E aquela, que não doi como as outras dores, uma dor onde de fato, nada doi. Mas onde cada célula do seu corpo queima, gritando num desespero mudo. Uma dor que se multiplica, uma dor onde não existe remédio, uma dor em que nem o melhor médico do mundo pode curar.
A dor que lhe abranda a mente, que arrasta consigo o peso do relógio.
Esta chama-se a dor do amor.
Onde você não pode se curar, pois o objeto que lhe causa tanto sofrimento, é o que lhe prende a vida e lhe motiva a sorrir.
Amar o que lhe faz sofrer é a condição de apaixonar-se.
E acredite, eu paguei esse preço.

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