segunda-feira, 7 de março de 2016

eu só quero lembrar, que de dez vidas onze eu te daria.

consigo me lembrar nitidamente da minha volta pra casa depois que me buscou para visita-los pela primeira vez, você chorava e tentava ao máximo não demostrar isso, mas eu ainda uma criança consegui notar aquilo com tamanha exatidão que sempre aparece aquele filme do retrovisor do carro na cabeça lembrando-me de que você não é aquilo que sempre me disseram ser. se um dia eu conseguir falar sobre você sem chorar vou me sentir vitoriosa, mas eu duvido muito que esse dia chegue e que vou deixar de ser aquela menininha esperando pra ser amada por você... existiu um tempo que não entendia, hoje eu consigo entender e enxergar que se sou assim você tem grande responsabilidade nisso. queria que você entendesse o quanto representa pra mim, não te culpo por ser assim, porque eu sei que no fundo você não escolheu ser. mas só se esforça pra entender. eu fiquei muito tempo tentando, eu sei que te amo e sei que você da sua maneira torta também. sou metade de você, sou aquilo que você é. só não duvide do que sinto nunca porque, se você ama dessa maneira, o meu jeito de lidar sempre foi assim, usando uma armadura pra me defender de você. sim, de você. não é todo mundo que consegue me fazer vulnerável e possui o poder de destruir o meu dia com pequenas palavras. o temor da minha vida sempre foi pensar na possibilidade de você me ver e não gostar do que estivesse na sua frente. eu já disse e repito: o amor é uma confusão. mas eu só quero lembrar, que de dez vidas onze eu te daria.

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