terça-feira, 17 de dezembro de 2013

maldito herói

A depressão e a saudade só é belo na arte, pois é somente lá que a instabilidade emocional se instala, na expressão indireta ou direta das palavras e imagens. Quando lemos um poema, um livro, assistimos um filme, seriado de tv, ou o que seja. Eu sou apaixonada por textos psicológicos como Clarice Lispector, mesmo que seja tão difícil de ler, não gosto muito de filmes de super heróis, prefiro um drama indie onde mostram a vida humana de uma pessoa e sua superação, gosto de personagens que erram, que ferram com tudo. Sim, eu não gosto de arte rasa. Mas eu honestamente estou FARTA da mentalidade dessa geração de que sua vida pode ser como dos personagens da ficção. Você não será como Isabella Swan, amante da solidão, de poucas palavras, apaixonada por livros, fones de ouvido, insegura e antisocial, mas mesmo assim terá dois caras do mundo sobrenatural aos seus pés. Você tem que parar com essa babaquice de achar que ser a Effy Stonem é alguma vantagem, pois ela sofre de problemas psiquiátricos, automutilação, depressão, dependência ao álcool e drogas, e na vida real você nunca terá dois caras beijando seus pulsos após tudo isso, ou te salvando quando você se jogar no meio da rua para ser atropelada. Pare de pensar que a história de John Green vai acontecer com você. Ninguém vai achar você em uma livraria lendo Charles Bukowski e por um acaso vai deitar com você, vendo as estrelas na noite de luar. NÃO, sua tristeza não é bonita na vida real, ninguém um dia vai chegar e concertar você, ou irá ser o seu maldito herói.

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