Eterna favorita

A minha sorte foi olhar brilhar aquela estrela.
Alguns davam tudo, outros nada.
Hoje os que não davam nada, não dão, são tudo.
Alguns ainda não dão nada.
Mas, quem dá, é tudo e mais um pouco.
Por ela vale tudo.
Por ela pequeno é o mundo.
Ela não viveu, ela sobreviveu.
Como uma brava guerreira, lutou.
Esforçadamente, reergueu-se.
Como qualquer vencedora nata, sofreu.
A intensidade é por ela.
Ela é a verdade.
E na verdade, a minha sorte, é a nossa oportunidade.
Conhecemos, vivemos, emocionamos.
Aprendemos, espelhamos, apoiamos.
Hoje digo que a minha sorte também é ser por ela.
O impossível não existe.
Quem ama, persiste.
O respeito é impagável.
A admiração imensurável.
E ainda falta uma sorte. Falta?
Falta apenas um abraço apertado.
Um olhar marejado.
Palavras de voz sincera.
Lembranças, quem me dera.
E ainda é pouco.
Para ela tudo é pouco.
Até a sorte é pouco.
Só não é pouco o brilho de sua estrela.
Seu sorriso se traduz.
Me traduz o incondicional.
Inexplicável, natural.
Falante, gritante, exuberante.
Exagerada, extravasada, oito ou oitenta.
Mexe no cabelo, anda de um lado para o outro, gesticula.
Se impõe, defende, luta.
Aparência firme faz jus a sua força inteiror.
Mais que resistência, insistência.
Mais que insistência, persistência.
Se entrega, quem não deve não teme.
E se por algum acaso deve, continua não temendo.
Coerente do início ao fim, bate o pé e bate palmas.
Valentia, pitada de ironia, um ar descontrolado.
Até parece diva.
Em todo o caso, a verdade prevalece.

Veio andando, ou melhor, desfilando.
Livre, leve e solta.
Olhar com milhões de definicões.
Implora olhar. Imploro olhar.
Tantas histórias por aquele olhar.
Tantas vidas por aquele olhar.
Tantas experiências que aquele olhar irá... olhar.
Se precisa chorar, chora.
Se precisa gritar, não pensa duas vezes.
Se precisa pular, é o máximo.
Se precisa se guardar, seriedade vem.
Serenidade. Convicta.

Conceitos dignos.
Trejeitos irresistíveis.
Vícios contagiantes.
Seus princípios, os faço um exemplo.
Suas manias, uma personalidade forte.
E de seus vícios, enfim, um vício:
Cativar por onde passa exatamente como sempre será.
Seu nome? Lia. Lia? Só Lia.

Créditos: @carolinapn_ ;*