quarta-feira, 17 de maio de 2017

Ted Mosby

Às vezes sinto que ninguém me enxerga como sou de verdade. As linhas excêntricas que molda minhas particularidades profundas, justamente porque, de qualquer forma, mesmo que tenha várias pessoas incríveis ao meu redor e que me sinta muito melhor do que anos atrás, eu nasci fora de qualquer padronização cabível de uma geração que desiste de tudo e todos e não acredita em nada. Hoje eu estava assistindo How I Met Your Mother e me perguntando porque gosto tanto de Ted Mosby, e entendi o porquê. Eu gosto muito de Ted Mosby porque ele é o retrato falado do que eu já fui e acabei deixando pra trás pelo fato indiscutível de que a vida real é muito bruta. As pessoas costumam chamá-lo de trouxa, eu chamo de corajoso. O que é engraçado, porque os outros me enxergam como uma pessoa corajosa. Mas a coragem dele está concentrado em acreditar em pessoas e situações inacreditáveis. Hoje eu não consigo acreditar em muita coisa e nem ninguém. Me sinto muito mais segura assim, porém não deixa de ser triste. Triste porque, uma das minhas particularidades profundas, é que eu continuo sendo alguém que sente tudo tão intensamente que só prefere deixar as pessoas um pouco afastadas pra não correr o risco de dar errado ou tudo sair fora do meu controle. Não quero tentar. Não quero insistir. Não quero ser Ted Mosby, porque a vida real não me permite ser.

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