quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Militância da pós-modernidade.

Eu cheguei na Universidade acreditando demais que as pessoas fossem aquilo que elas diziam defender, aquela ingenuidade de quem viveu a vida inteira dentro de sistemas pragmáticos e de pessoas que - bem ou mal - cumpriam suas normas muito bem e eram previsíveis. Hoje eu enxergo as coisas de outra forma, a prática é o critério da verdade. Em vários momentos, ou reformulando; o tempo todo eu encontro discursos e pessoas que se consideram inteligentes demais, mas que não possuem um pingo de parecer prático. Que fazem falas bonitinhas para serem aplaudidos, mas quando encontra o amigo triste nem liga. Que faz textão problematizando no facebook, porém não se preocupa em nenhum momento com as pessoas que o cercam, em se tornar alguém melhor para elas e fazer coisas práticas para mudar o mundo no qual vivem falando - apenas discursivamente, porque, pasmem, é bonito - que é ruim. Pessoas que sabe falar dentro do sarau Universitário sobre os diversos livros e vivências (baseado em características toscas) que obtêm, mas não conseguem dialogar com o morador de rua, não querem mais falar com seus pais esquecendo-se que, muitas vezes, ele nem ter acesso ao seu conhecimento tão avançado no qual é necessário até criar muros. "Cale-se se você não concorda comigo" "Eu sou homossexual/negro/mulher então eu estou certo e você está errado, chega de questionamentos". Não existe debates dentro da esquerda pós-moderna, existe estrelinha. Não existe ação direta contra as estruturas que mantém a liberdade dos seres humanos limitadas, existe fotinho com a ciranda da revolução.

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