sexta-feira, 30 de setembro de 2016

sobre vida e morte.

Um dia dessa semana estava voltando pra casa em torno de umas quatro horas da tarde quando encontrei na portaria uma colega de sala chorando desesperada, indaguei sem entender o motivo daquilo e ela me disse em meio aos soluços "meu pai morreu"... Fiquei paralisada sem reação, até que uma amiga atrás dela em linguagem labial disse "abraça", abracei e fiquei ali meio perplexa. Não temos o costume de conversar, pois mesmo morando no mesmo prédio somos muito diferentes. Mas me lembro frequentemente de ir buscar sal, açúcar, e das milhares de vezes no ano passado quando ainda íamos pra aula juntas e dela falando sobre o pai, o quanto ele era sua referência e sentia orgulho dele, falava dando risada sobre as indagações dele sobre o beco estar fechado no domingo em que ele veio visitá-la na cidade. Não deixei de me perguntar internamente "quanto a gente vale nesse mundo?", estamos aqui e podemos não estar à qualquer momento, podemos perder quem amamos pra sempre à qualquer hora, nada é estável ou imutável. Não deixe de viver sua vida como se não houvesse amanhã, e nem deixe de falar o quanto você ama alguém.

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