quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

tribalistas.

até hoje ainda tento entender o que você representou em minha vida. na maioria das vezes acredito que você foi aquela que esteve ali, entendendo meus segredos mais obscuros enquanto o mundo a minha volta caia, de fato, não mais do que isso... quer dizer, injusto dizer que só isso, mas paixão não é amor, e existe amor sem paixão. só não entendo porque a gente teve que ser paixão sem ser, acho que por essa minha mania doentia, que cada dia esta morrendo mais, de externalizar as vivências muito mais do que interiorizar sentimentos. sinto muito por isso, de verdade. só não vá pensar que foi fácil pra mim deixar a pessoa que mais me conheceu ir embora, foi graças a você que dei o ponto de partida para entender muito do que eu era. muito do que sou devo as coisas que me ensinou, as quatro da manhã no celular cantando tribalistas, os desenhos nos quais nunca aprendi mesmo você me ensinando, os filmes nos quais você me jogava pipoca e dava uma risada vergonhosa, os mais de 400 km de distância que nos separava e fazíamos essa viagem escondido só para o conforto de estarmos juntas novamente. muitas vezes digo que você me acorrentou por muito tempo em um mundo irreal, e sofro as consequências disso até hoje, mas seria ingrata dizer que também não me proporcionou muitas coisas boas. eu só quero que você entenda: seja feliz! você não sabe o quanto dói ter sido espinho e não cicatriz dessa vez.

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