quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

13/12/2016 - Brasília - DF


Quando eu tinha 14 anos um dos meus maiores sonhos era ir pra Brasília, lembro que sempre cantava aleatoriamente aquela parte de Faroeste Caboclo que dizia que nesse país lugar melhor não há, e decorei a música inteira assim como Julho de 83 onde dizíamos que nossa adolescência era vazia e não éramos compreendidas por ninguém. Você foi a responsável por esse blog ter continuado existido numa terminada época, ou melhor, você foi a responsável para eu não ter enlouquecido. Você que me fez entender que tá tudo bem ser assim, do jeito que eu sou, e que definitivamente eu não era a única do mundo que enxergava detalhes que quase mais ninguém vê. Você que me fez ficar ainda mais obcecada nesse lance de ler pessoas, mas me fez entender também que a nossa interpretação pode ser muito falha. Você que me ensinou o jogo do contente, porém que explodir às vezes é necessário. Você foi a responsável para eu entender que amor não tem a ver com reciprocidade. Você foi a primeira pessoa que me fez questionar a falácia de bem e mal absolutos. Seis anos esperando por esse momento, o que eu nunca imaginei depois de tantas águas passadas é que esse dia chegaria assim, de uma hora pra outra, sem nem mesmo planejamento. Cedo ou tarde a gente iria se encontrar, com você ali na minha frente a certeza que tive é que não, nunca foi tarde e nem nunca será. Te amo infinito ♥

sábado, 3 de dezembro de 2016

Dias escuros.

Tem dias em que eu gostaria de poder gritar bem alto pra fazer metáfora sobre tudo dentro de mim sair pra fora. Tem dias que queria que alguém me abraçasse bem forte enquanto choro um oceano sem questionamentos, suposições, que faça silêncio e que se eu sentir a necessidade de falar algo que não haja a obrigação de conexão, pois tem dias em que se fazer coeso é algo exaustivo demais. Tem dias que eu paro pra pensar sobre as coisas ruins do mundo, a incerteza sobre ele e às pessoas (me incluindo) e me sinto completamente avulsa. Tem dias que me sinto péssima por não conseguir mudar coisas que odeio até em mim mesma. Tem dias que me sinto péssima por não conseguir mudar como me sinto, porque não é possível se sentir dessa forma tantas vezes em um curto prazo de trinta dias de um mês. Tem dias que me sinto patética por todas as pessoas que tocaram a minha vida de forma profunda ter mais importância na minha história do que eu na delas. Tem dias que choro desesperadamente por não conseguir consertar coisas que não dependem de mim. Tem dias que choro desesperadamente por não conseguir mudar nem o que depende de mim. Tem dias que choro bem baixinho no travesseiro porque não quero que ninguém me ouça, nem que me diga o que tem que ser feito, muito menos que não devo e nem tenho motivos pra me sentir assim. Tem dias que não consigo parar e não quero que ninguém me diga que sim.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

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De tudo o que o vento traz 
Quase tudo a gente varre 
Folhas secas, palha e pó 
Incerteza, medo e fome 
As delícias de um verão 
As lembranças de uma tarde 
O que vai determinar 
O que a mente guarda ou descarta?

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

L;

Se pudesse te pedir algo diria pra você viver sem medo de ser feliz, mesmo que eu com essa minha mania de controle diversas vezes esqueça isso. Pediria pra você não se preocupar tanto assim com o que falam, que eles não conhecem seu cotidiano e nem suas batalhas de verdade (mesmo que acreditem muito que sim), porém sei também o quanto é insuportável ver alguém falando sobre algo com tamanha propriedade sem saber, na realidade, de nada. Diria pra  você ser menos sensível e rebater qualquer coisinha, mas sou exatamente assim como você e entendo que não é escolha, é simplesmente ser.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

domingo, 6 de novembro de 2016

Família Ocupa!



Uma experiência que vou levar para todo sempre. OBRIGADA, por tudo!


O tempo nem sempre é gentil.

Nessa sexta-feira deitei no banco do terraço de uma ocupação, depois da barriga ter doído muito em uma corrida de pega pega com duas garotas que conheci subitamente. Enquanto estive deitada ali, com aquela brisa suave, estrelas, prédios com luzes ascendendo e desligando o tempo inteiro, e uma lua maravilhosa não pude parar de pensar em você. É horroroso o quanto não consigo escrever sobre quase nada mais. Mas o que me deixou mais triste foi parar pra pensar que, meu ano, não se resumiu em você mesmo que eu jurasse que sim. Parei pra pensar nesses últimos dias onde finalmente falamos coisas que nunca tínhamos falado uma para a outra. Parei para observar que mesmo meu sentimento por você hoje ser ainda maior do que naquela época em que íamos comer cachorro quente na chuva, jogar bolinhas de pingue pongue e depois deitar rindo, conversando por horas e fazendo amor, ele também está carregado de uma coisa que me fez te perder pra sempre: O conhecer. E para além disso, durante todo esse ano com nossa história conturbada tive a oportunidade de viver, conhecer lugares, histórias e pessoas que mesmo que quisesse que tivesse sua companhia, de forma concreta, não teve e nós trilhamos caminhos diferentes mesmo que nossos sentimentos se encontrem. Parei pra analisar que tenho muito o que agradecer, que mesmo apesar de você e dos problemas psicológicos que passei esse ano, ele foi sim incrível, em que cresci de formas tão inimagináveis e criei milhares de momentos que vou guardar pra sempre, e olha só, eu não precisei tão desesperadamente de você pra isso tanto quanto meu cérebro vive tentando me dizer. Naquele milésimo de segundo não pude deixar de entender que nosso tempo passou, ou melhor, nem sequer começou simplesmente porque não pode, não deu, e nem dará. Nunca. O tempo nem sempre é gentil, ou ele é e a gente nem sequer valoriza isso.