domingo, 6 de novembro de 2016

O tempo nem sempre é gentil.

Nessa sexta-feira deitei no banco do terraço de uma ocupação, depois da barriga ter doído muito em uma corrida de pega pega com duas garotas que conheci subitamente. Enquanto estive deitada ali, com aquela brisa suave, estrelas, prédios com luzes ascendendo e desligando o tempo inteiro, e uma lua maravilhosa não pude parar de pensar em você. É horroroso o quanto não consigo escrever sobre quase nada mais. Mas o que me deixou mais triste foi parar pra pensar que, meu ano, não se resumiu em você mesmo que eu jurasse que sim. Parei pra pensar nesses últimos dias onde finalmente falamos coisas que nunca tínhamos falado uma para a outra. Parei para observar que mesmo meu sentimento por você hoje ser ainda maior do que naquela época em que íamos comer cachorro quente na chuva, jogar bolinhas de pingue pongue e depois deitar rindo, conversando por horas e fazendo amor, ele também está carregado de uma coisa que me fez te perder pra sempre: O conhecer. E para além disso, durante todo esse ano com nossa história conturbada tive a oportunidade de viver, conhecer lugares, histórias e pessoas que mesmo que quisesse que tivesse sua companhia, de forma concreta, não teve e nós trilhamos caminhos diferentes mesmo que nossos sentimentos se encontrem. Parei pra analisar que tenho muito o que agradecer, que mesmo apesar de você e dos problemas psicológicos que passei esse ano, ele foi sim incrível, em que cresci de formas tão inimagináveis e criei milhares de momentos que vou guardar pra sempre, e olha só, eu não precisei tão desesperadamente de você pra isso tanto quanto meu cérebro vive tentando me dizer. Naquele milésimo de segundo não pude deixar de entender que nosso tempo passou, ou melhor, nem sequer começou simplesmente porque não pode, não deu, e nem dará. Nunca. O tempo nem sempre é gentil, ou ele é e a gente nem sequer valoriza isso.

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