segunda-feira, 27 de julho de 2015

Estar cheio de ódio significa que você está ferindo a si mesmo em primeiro lugar.


Antes que você possa odiar alguém, primeiro você tem que criar o veneno dentro de si mesmo. Você pode dar isso a alguém apenas se você estiver cheio de ódio. Estar cheio de ódio significa que você está ferindo a si mesmo em primeiro lugar. O outro não pode ser ferido, depende somente dele, o outro pode não aceitar ao ódio, pode rejeitá-lo, ele pode simplesmente rir disso, pode até nem reagir. Você vai se sentir impotente diante dele, por isso não é certo que o outro vai ser ferido. Mas uma coisa é certa, que se você odeia alguém, primeiro você tem que envenenar sua própria alma de muitas maneiras. Você tem que ser muito cheio de veneno sobre os outros.

domingo, 26 de julho de 2015

Los Hermanos - De Onde Vem a Calma

não se pode fugir do que faz parte de nós.

(cedo ou tarde é preciso entender que o problema mesmo é que nenhum lugar é nosso)

quarta-feira, 15 de julho de 2015

sobre dia de marijuana

acredito já ter tido o quão especial és e como foi importante ter te conhecido pro meu próprio crescimento. mas, acima de tudo, preciso ressaltar como nossa amizade aconteceu simplesmente sem pretensões. durante esses anos não devemos ter falado "te amo" nem mesmo uma meia dúzia de vezes, e tão pouco somos regadas do "sempre estarei aqui", somente estamos, e antes que pareça um lamento, na verdade você foi aquela que me ensinou que não tem palavra alguma que possa competir com o preço de uma ação. mas hoje é seu dia e preciso agradecer por te ter em minha vida, sendo meu alicerce nas piores crises de existência, nos piores/melhores surtos de alegria. posso dizer que poucas pessoas me conhecem tanto quanto você, obrigada pela paciência, de verdade. por estar sempre do meu lado e acreditar em mim até mesmo quando não acredito e por ter o coração que tem. desejo todas aquelas coisas clichês que você já sabe, que ninguém seja capaz de falar que seus sonhos não serão realizados porque eu acredito em todos eles, juntamente com você. < cineasta fantástica 3. ah, inclusive, i LOV u, simmmm

grazi


eu sangro
todo mês
toda vez
que magoam
o meu coração
eu sonho 
deitada ao teu lado
ou no ônibus lotado
com a cabeça na galáxia
e os pés no chão
eu choro
bem baixinho
de mansinho
que é pra não acordar
a solidão
eu pareço pedra
eu queria ser pedra
mas nasci flor

sábado, 11 de julho de 2015

kristen stewart | waiting for superman

metade de mim é amor e a outra metade você (também)


Sempre costumo fazer a avaliação da pessoa que eu era antes de você e quem me tornei. Com você aprendi o verdadeiro significado de admiração, me desprendi de valores horríveis e tive a oportunidade de me dar conta de várias coisas sobre mim mesma que antes passavam despercebidas. Você está em tudo que eu me tornei: na forma como abri horizontes pra olhar o mundo, nas pessoas incríveis que conheci, nas histórias lindas que assisti, nas músicas que ouvi, nos sonhos que vivi, nos livros que eu li, nas vontades, nas infinitas vezes que injustiças pequenas e notícias distorcidas fizeram com o que eu pensasse muito mais sobre o leque de mentiras que podiam estar me cercando desde sempre. Não quero te projetar, longe de mim, mas não da pra dizer que não és, no mínimo, uma das pessoas mais autênticas que tive a oportunidade de conhecer. Obrigada por tudo que fez por mim, mesmo que indiretamente, a minha caminhada vai ter sempre um pouco de ti, mesmo que ela seja corrida ou doída. Você, sempre lá.
"It's okay', you know? It's okay to be you. It's okay to just not be okay. It's okay to not be okay."

quarta-feira, 24 de junho de 2015

O alto preço de viver longe de casa

Muito além do valor do aluguel.

Voar: a eterna inveja e frustração que o homem carrega no peito a cada vez que vê um pássaro no céu. Aprendemos a fazer um milhão de coisas, mas voar… Voar a vida não deixou. Talvez por saber que nós, humanos, aprendemos a pertencer demais aos lugares e às pessoas. E que, neste caso, poder voar nos causaria crises difíceis de suportar, entre a tentação de ir e a necessidade de ficar.
 Muito bem. Aí o homem foi lá e criou a roda. A Kombi. O patinete. A Harley. O Boeing 737. E a gente descobriu que, mesmo sem asas, poderia voar. Mas a grande complicação foi quando a gente percebeu que poderia ir sem data para voltar. E assim começaram a surgir os corajosos que deixaram suas cidades de fome e miséria para tentar alimentar a família nas capitais, cheias de oportunidades e monstros. Os corajosos que deixaram o aconchego do lar para estudar e sonhar com o futuro incrível e hipotético que os espera. Os corajosos que deixaram cidades amadas para viver oportunidades que não aparecem duas vezes. Os corajosos que deixaram, enfim, a vida que tinham nas mãos, para voar para vidas que decidiram encarar de peito aberto.
A vida de quem inventa de voar é paradoxal, todo dia. É o peito eternamente divido. É chorar porque queria estar lá, sem deixar de querer estar aqui. É ver o céu e o inferno na partida, o pesadelo e o sonho na permanência. É se orgulhar da escolha que te ofereceu mil tesouros e se odiar pela mesma escolha que te subtraiu outras mil pedras preciosas.
E começamos a viver um roteiro clássico: deitar na cama, pensar no antigo-eterno lar, nos quilômetros de distância, pensar nas pessoas amadas, no que eles estão fazendo sem você, nos risos que você não riu, nos perrengues que você não estava lá para ajudar. É tentar, sem sucesso, conter um chorinho de canto e suspirar sabendo que é o único responsável pela própria escolha. No dia seguinte, ao acordar, já está tudo bem, a vida escolhida volta a fazer sentido. Mas você sabe que outras noites dessa virão.
Mas será que a gente aprende? A ficar doente sem colo, a sentir o cheiro da comida com os olhos, a transformar apartamentos vazios na nossa casa, transformar colegas em amigos, dores em resistência, saudades cortantes em faltas corriqueiras?
Será que a gente aprende? A ser filho de longe, a amar via Skype, a ver crianças crescerem por vídeos, a fingir que a mesa do bar pode ser substituída pelo grupo do whatsapp, a ser amigo através de caracteres e não de abraços, a rir alto com HAHAHAHA, a engolir o choro e tocar em frente?
Será que a vida será sempre esta sina, em qualquer dos lados em que a gente esteja? Será que estaremos aqui nos perguntando se deveríamos estar lá e vice versa? Será teste, será opção, será coragem ou será carma?
Será que um dia saberemos, afinal, se estamos no lugar certo? Será que há, enfim, algum lugar certo para viver essa vida que é um turbilhão de incertezas que a gente insiste em fingir que acredita controlar?
O preço é alto. A gente se questiona, a gente se culpa, a gente se angustia. Mas o destino, a vida e o peito às vezes pedem que a gente embarque. Alguns não vão. Mas nós, que fomos, viemos e iremos, não estamos livres do medo e de tantas fraquezas. Mas estamos para sempre livres do medo de nunca termos tentado. Keep walking.