segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

É muito bom conhecer todo tipo de gente, e até mesmo ter uma grande proximidade de pessoas que são diferentes da gente porque assim crescemos e conseguimos adquirir outro tipo de visão sobre diversas coisas. Mas no final do dia, o que a gente quer mesmo, é alguém que minimamente sinta como a gente e que em alguma medida entenda aquilo que queremos dizer e como nos expressamos de verdade, não como uma maneira de aceitação capciosa ou até mesmo falha, mas que expresse de dentro pra fora aquilo que somos. Eu não sei se isso é um tipo de retrocesso ou um cansaço mental, mas eu voltei a não ser capaz de adquirir relações extremamente próximas de pessoas muito diferentes de mim, não é questão de intolerância mas nossa realidade que se inviabiliza dentro de realidades extremamente distantes. Você não conseguir se enxergar no outro cedo ou tarde te afeta de uma maneira que te sufoca.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Não é indecisão. Não é pela metade.

Eu queria voltar no tempo agora e desfazer nós dentro de mim que só hoje eu ando conseguindo desatar e não queria que tivesse demorado tanto. Eu ignorei durante muito tempo coisas passadas que eram fundamentais pra responder as perguntas que estão na minha frente hoje, com as respostas que eu ainda não quero enfrentar. Ninguém sabe porque honestamente nem eu gostaria de saber. A gente perde partes da nossa história no meio do caminho como um quebra cabeça e acha que tudo vai ficar bem sem uma parte, só que a imagem não fica tão clara. É um buraco. Quando eu olho pro seu rosto eu não tenho dúvidas, sinto que todas as minhas certezas estão bem na minha frente esfregando o fato de que não podemos fugir de nós mesmos pra sempre. Eu não queria fugir, eu simplesmente não queria SER assim. Pode soar extremamente horrível dizer, mas não importa o quanto falamos não nos importarmos com a opinião de ninguém, a gente se importa. A gente se importa com o fato de todo mundo achar que você precisa ESCOLHER algo, que a não escolha é indecisão, que é uma fase, promiscuidade e vamos incorporando isso com a gente até nos perdermos de nós mesmos. Eu demorei vinte e um anos. Sim, VINTE E UM ANOS pra começar a entender algo que poderia ter sido a coisa mais de boa possível se a gente não vivesse em uma sociedade de merda.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Absolutismo.

Iria começar essa escrita com "eu sempre", mas introduzi uma pessoa na minha vida que repete incansavelmente as frases "sempre é muito tempo" "tudo é muita coisa" e me fez parar pra pensar como eu lido com as coisas de forma absolutista. Às vezes deve ser meu pavor por mudanças, embora eu saiba que basicamente tudo que vivo hoje não vai durar, que as pessoas que eu convivo hoje com tanta intimidade provavelmente não estarão na minha vida daqui uns anos, pelo menos não com tanta frequência, isso não me dói como anos atrás doeria, do contrário, até me faz dar mais valor para os momentos de agora. Durante muito tempo tive a percepção de que as pessoas que gostam de dizer que "estou sendo, não sou" ou "prefiro não me definir" são perdidas e volúveis, até eu entender que eu não sou muito diferente delas. Resumidamente: Eu não sou tão especial assim. Ninguém é. E no momento eu só queria mesmo poder viver sem querer dar sentido a nada, ou quase nada. Porque quando você tenta entender tudo que sente você simplesmente... não sente. Você busca coerência e muitas vezes ignora o inexplicável que se manifesta no seu eu. Você fecha os olhos pra novas possibilidades porque necessariamente você precisa se enquadrar em algo, precisa ser algo, precisa se enxergar em algo propriamente já identificado e não abre possibilidades pra potencializar coisas dentro de você mesmo. É uma venda invisível, onde você se recusa a enxergar aquilo que se manifesta no seu corpo e na sua mente porque não faz sentido. E na real, quem disse que precisa fazer? Sem mais delongas... Estou sendo!

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

terça-feira, 10 de outubro de 2017

sobre se avaliar.

Quando eu era adolescente dizia que nunca queria ser como os adultos, ser engolida pelo cotidiano e esquecer de olhar pra coisas que vão além do corriqueiro, que eu sempre iria me indignar com as injustiças e lutar contra elas. E de fato, acredito que nunca serei o tipo de pessoa que acha normal tudo isso, mas o que me fez chorar durante horas por esses dias é perceber o quanto ser engolido é fácil e se você não se auto avaliar esse é o caminho a ser trilhado. O ser humano precisa se apoiar em coisas pra sobreviver, ou às vezes ele só vai respondendo com a imediaticidade que o mundo o obriga e faz o melhor que pode com o resto. Isso fez com que eu questionasse todas as minhas certezas estabelecidas e que olhasse com mais cautela para a forma como os outros lidam com seus próprios demônios. 

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

How I Met Your Mother - Holding On and Letting Go

Prometi pra mim mesma que não ia compartilhar mais nada sobre essa série aqui, mas essa é a última, sério. Vamos dar um desconto pra história que mudou minha perspectiva de mundo e eu choro um oceano com esse vídeo.