domingo, 1 de dezembro de 2013

agora tanto faz

o tique taque no relógio informa que o tempo passou e agora só nos resta fazer as escolhas que menos geram consequências negativas pro futuro. eu tenho muito a que agradecer. contudo, não posso esquecer das milhares de vezes em que doer doía muito. hoje em dia é mais como algo natural da minha personalidade, não há como não doer. posso sorrir e ficar feliz, mas em 10 segundos, ao me recompor, a dor vai voltar. não é só dor por algo que acontece comigo ou com alguém que eu ame. no final do dia sempre vou deitar com a mesma sensação de que fui enganada, mais uma vez, pela vida. é tão estranha a sensação de como o mundo é cruel e terrível, engole as criaturas com a sua maldade. como diria david foster "a verdade vós libertará, mas não antes de ter terminado com você". é libertador e destrutivo perceber que o ser humano é hipócrita até dizer chega, não apenas eu e você: todos. até o mais "incrível" ser humano. não existe perfeição, chega dessa tolice. eu sei que independente das escolhas em que farei até o fim dos meus dias a minha melhor alternativa sempre será ser menos triste, nunca feliz. tenho consciência de que nunca serei feliz. não é drama, não é demagogia, apenas a realidade. hoje tenho a maior certeza de que a ignorância é que trás a felicidade, mas sinceramente não sei que quero tanto ser feliz a ponto de ser ignorante.

terça-feira, 9 de abril de 2013

É estranho viver correndo, tentando e no final sempre acabar sendo uma figurante ou substituta na vida de alguém que te marca ou marcou muito. Sempre vai ser assim, eu não sou nada além de um velho maço de cigarro, vinho e travesseiro no final da noite... Preenchendo buracos e sendo feliz com isso, ou quem sabe para não soar tão conotativa, um ombro sempre ao dispôr de uma alma conturbada, porque sim, eu só amo os loucos desesperadamente.
Às vezes sinto como se a dor fosse algo viável, instável, permanente na minha vida. Não importa o quanto tenho, o quanto penso ter, no final do dia sempre parece que falta algo. Não existe. Não está ao meu alcance. Sabe o que é pior? Viver se culpando pelo passado, pelo que viveu, fez, pelos erros, tudo. É tudo uma grande bola de neve.

Naomily

"her name is naomi. she's rather beautiful. so i was nailing her."

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

"No entanto, mesmo assim, eu saía e bebia demais com aquela gente detestável que eu conhecia — do comércio da moda ou da decoração de interiores, ou que trabalhavam em revistas chiques, e todos eram espertos e bem falantes, mas nenhum deles tinha um pingo de sentimento verdadeiro — e então voltei para casa com a curiosa sensação de ter sido enganada, mas apenas porque me permiti sê-lo… Acho que odiei a humanidade. Tentei fingir que gostava desse mundo novo e moderno, de todo mundo, mas não. Acho que sequer gostava de mim".

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

o tal amor e pra sempre

Parem com esse clichê totalmente sem noção de que "Tudo que é verdadeiro é pra sempre". NÃO! Isso não é verdade, nem todo sentimento de hoje vai ser o de amanhã, mas isso não significa que ele não foi verdadeiro, era algo que você sentia naquele tempo.
Agora se você me perguntar se eu concordo com "Quem ama não deixa de amar"... Sim, eu concordo, aquela pessoa pode até não permanecer na sua mente e na sua vida para sempre, mas se você a amou/ama verdadeiramente ela estará sempre no seu subconsciente, ela te transformou, ela te moldou em algo mesmo que sem querer, foi algo instantâneo. Você não vai deixar de ama-la, isso apenas irá se transformar e viver dentro de você de uma outra maneira, lá no fundo da alma.

sábado, 24 de novembro de 2012

Jazz

“Eu não sei o que acontece comigo, só sei que eu nunca me senti realmente uma pessoa normal. Sabe, às vezes eu saio na rua e me comparo com as pessoas. Nossas roupas, nossas gírias, nosso penteado e as conversas são iguais. Eu sorrio como todas, brinco como todas, me divirto como todas (ou finjo me divertir). Aparento ser apenas mais uma pessoa comum no mundo. Mas enquanto eu ensaio pra parecer alguém normal, eu sei que, dentro de mim, um excesso de loucura grita em necessidade de uma tarja preta. Sozinho, no meu quarto, eu me fecho e fico lá. Revoltado com as pessoas e com a normalidade do mundo. Revoltado com o fato de parecer normal e ao mesmo tempo não conseguir ser. Converso com o espelho, leio as entrelinhas, tenho pensamentos que às vezes eu acho que sou o único que consegue ter. Eu sou normal, e é isso que você também vai achar. Mas meu interior é tão insano, que se as pessoas pudessem vê-lo, não pensariam duas vezes antes de me internar.”