quarta-feira, 2 de abril de 2014

Bial - Discurso da final

"No primeiro dia, ela disse: meu nome é Clara, mas gosto de ser chamada de Clarinha.
Não relutei, Clarinha pra mim também, ok. A cara da pureza. O corpo do escândalo. Se sua voz é um pedido de asilo, o olhar sugere coisas, ideias devassas.
Oh, mas uma “webcamgirl” vai participar do Big Brother Brasil? Oh! Uma moça daquelas da internet? Mas não é virtual? Não. Não é virtual.
E, uma vez no BBB, não satisfeita, inda cismou de se meter logo com outra moça. Escândalo. Nenhum. Escândalo nenhum.
A torcida adolescente se dobrou de rir a cada beijo trocado, exigindo que aquele lance pelo nome exato fosse chamado: “Clanessa”.
O “casete” Clanessa serviu de biombo, de escudo pra elas. Nenhum escândalo. Esta mãe de família, prendada e dadivosa, veio ao BBB nos lembrar que nesse mundo que clama por liberdade, a moral está sempre por um fio. Um fio dental."
"Enfrentar preconceitos é o preço que se paga por ser diferente" 



 "Gosta de bichos, a Vanessa.
Mas sua identificação mais essencial não é com gatos, cachorros ou cavalos.
O sentimento animal mais antigo que conhece é o de se sentir um peixe fora d’água. Como quando chegou aqui. Mesmo na piscina, um peixe fora d’água.
Ah, e patinho feio. Como sempre se sentiu nas escolas da vida. Nesse internato, ficou pasma ao voltar do primeiro Paredão, não conseguia entender porque tinha voltado. “Se voltei, é porque há pessoas que gostam de mim. Como as pessoas podem gostar de mim? Desde quando? Onde estavam essas pessoas durante minha vida toda?”.
Acho que vou inovar, na maneira de anunciar a vencedora.Vou cantar uma música em que a campeã há de se reconhecer…“Parabéns pra você! Nessa data querida! Muitas felicidades, muitos anos de vida!”" 
''O ser humano já me fez tanto mal. Deixou cicatrizes irreversíveis na minha alma, então medo de um cachorro é a última coisa que eu tenho"

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