sábado, 14 de setembro de 2019

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

M.

Eu lembro a primeira vez que a gente conversou, a primeira coisa que você me disse era que amava Bruno e Marrone. Lembro também do dia em que você me fez chorar explicando o porque de ser difícil falar do que dói estando sã e como pareceu corajoso o dia em que me perguntou despretensiosamente "tudo bem?" e eu respondi sem receios "não". Acho que sempre encontrei em você um brecha, mesmo quando a gente não se tratava como família igual agora. E é porque você tem um coração tão imensamente extraordinário que seria estranho demais ter receio de dizer "não, não tá tudo bem". M, eu só posso te desejar as coisas mais maravilhosas dessa vida, infinitas realizações e sentimentos bons e até mesmo os ruins pra te fazer crescer cada vez mais e ter ainda tantas histórias pra contar. Tu é um labirinto bem bonito, onde não encontrar a saída proporciona inúmeras respostas. Te amo! ❤

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Fim. Game over. Ouça o meu lamento.

Sempre odiei finais. Lembro que quando era criança e alguém brincava comigo com alguma brincadeira nova logo já dizia: amanhã vamos brincar novamente disso também, né? Era de lei. Parecia que as coisas não podiam não acontecer novamente senão eu ia me doer inteira.
Eu fiquei muito tempo dentro de uma bolha emocional onde me defendia de tudo porque sou sensível demais e racional demais ao mesmo tempo. E isso... isso simplesmente não me faz sentido. Mas é assim.
Parece que foi ontem que eu te conheci, você estava ao lado de uma caixa de som dos sindicatos. Tudo aconteceu depressa, até minhas negações internas, minha desconstrução rumo a me permitir viver e sentir.
Eu lembro do seu coração me pedindo calma dentro das minhas afobações. Os chás, violão, sopas, cochilo na rede e beijo na chuva. Lembro de abrir meu coração em sentir medo de ficar, de me entregar e da irracionalidade. O meu problema diário é que eu quero demais te esquecer, mas eu não quero. Eu tenho medo de não lembrar, eu tenho medo de um dia eu olhar pra trás e não ver sentido em absolutamente tudo isso que sinto hoje. Porque por um minuto eu pensei que você era o amor da minha vida, até eu perceber que amores da vida não existem e que amor não é suficiente pra quase nada.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Intenso.

Ultimamente eu tenho pensado muito o quanto preciso de terapia. E quando falo isso não é em uma tentativa do senso comum de tentar chamar alguém ou chamar-se de "louca". É só que no processo do auto conhecimento eu percebi que sou alguém muito propensa a desmoronar a qualquer momento. Eu me sinto tão ridiculamente intensa, como se tudo me afetasse mais do que o necessário e não tem como isso não ser fatal em algum momento. É isso, gente, vamos nos cuidar. Ninguém vai te salvar, sem ser você mesmo.

"Desejo coragem para aqueles que nasceram pra sentir demais."

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Quando fui chuva.

E mesmo que em ti me perca
Nunca mais serei aquela que se fez seca
Vendo a vida passar pela janela

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Peso.

Eu juro que no decorrer da minha vida tentei de todas as formas não me afetar com todas as expectativas que você tinha sobre mim. Até eu chegar em um determinado ponto em que tive que descobrir que existiam marcas em quem sou muito mais profundas do que eu gostaria. O processo de me auto aceitar não acabou, porque foi necessário um tempo muito grande para eu me reencontrar. Se desconectar disso parecia mais fácil do que enfrentar. Hoje eu tenho que compreender o fato de que eu nunca vou ser quem você gostaria e isso não é algo, necessariamente, ruim. E nem bom... É só eu, sendo eu.. E tudo bem, sabe? Você costuma dizer que eu sou teimosa demais, e isso é uma das coisas que você não percebeu que veio da minha criação. Mas mais do que isso, veio de todo o processo de me impor enquanto uma pessoa que andava contra a maré no meio a tantos valores que pra mim não fazia sentido, desde cedo. Esses dias você me falou algumas palavras que não era nenhuma novidade pra mim, mas doeu um pouco mais do que o esperado ouvi-las em voz alta "eu gostaria que você fosse mais parecida comigo". Eu. Gostaria. Que. Você. Fosse. Mais. Parecida. Comigo. Eu não sei ao certo o quanto isso pode te doer, mas em mim também é um constante de alegria por ser quem sou e uma dor chata de não ter sido aquilo que fosse o melhor pra você. E isso é tudo muito louco, porque parece um amontoado na cabeça que nem mesmo faz sentido assim, escrevendo, correndo. Com o coração doendo. Não faz sentido eu querer ser outra coisa. O que faria sentido mesmo era que todo esse peso não tivesse existido em cima do meu ser dessa forma, pra que eu não carregasse essas marcas que até hoje me impedem e amedrontam de muitas maneiras.

terça-feira, 31 de julho de 2018

Coragem pra nós.

Que doa. Que rasgue cada véu de ilusão que foi criada. Que as lágrimas escorram gordas pela face impassível, que se derramem as retinas se o pranto de água e sal não for suficiente. Que entorpeça, que leve à beira da loucura essa sutura mal feita. Ferida que não cicatrizou, eu estava certa. Havia uma infecção emocional que apenas um bisturi poderia extirpar. Que seja. Não faço mais curativos e nem lanço mão de placebos. Que seja insônia, agonia, desespero se for este o caso. Não conheço vida sem quaisquer umas destas emoções. Mas que venha tudo: o cru, o imundo, o insuportável. Que eu possa sentir até o fundo dos poros, que todo o veneno amoleça minhas veias, que a dor, antes obsoleta, pois a vida exigia uma sucessão de alegrias, me corroa com inteireza. Mas que eu renasça... E cresça. E que possa receber, após esta limpeza, a paz. Desejo coragem para quem nasceu pra sentir demais." Marla de Queiroz

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Desconectada

Durante o decorrer da minha vida, por ser uma pessoa intensa demais, preferi não criar vínculos pra que eles não acabassem, porque dói. Hoje, especificamente, doeu de uma maneira diferente da comum. Eu - quase - sempre era a pessoa deixada pra trás, hoje eu sou a que deixou e o que me dói é não entender o que um dia nos conectou, o que sinto hoje não faz absolutamente nenhum sentido com o antes. E me pergunto: Como é possível as pessoas se encontrarem e se perderem assim? O que fez com que as coisas não fizessem sentido dessa forma? Olhando hoje me parece tão claro, tão óbvio, mas não me era antes. Você faz parte do que eu sou, mas o problema é que não entende o que eu sou. Aceitar não é entender, a gente demora a aprender, mas é isso.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Amar é bom.

Eu olho pra você e penso e repenso mais um milhão de vezes como um sentimento pode ser fácil como respirar, porque no decorrer da minha vida amar doía. Muito. E eu realmente não sou daquelas pessoas que acreditam que amar é só coisas boas, é árduo sim, mas te amar é infinitamente mais coisas boas do que ruins e isso é definitivamente a coisa mais louca que já me aconteceu. É louco também alguém me amar inteira, sem ressalvas ou sem querer que eu mude algo, uma pessoa que tem paciência pros meus medos e anseios. Eu tô hoje aqui pra agradecer todo noite que eu acordo assustada e olho pro seu rosto indiscutivelmente simétrico e perfeito e sinto que quase tudo tá em seu lugar e também quando eu observo seu cabelo grande bagunçado e cheio de cachos que as pessoas vivem criticando e penso como eu amo a forma como é, e por fim, mas não a última coisa, porque existem tantas que nem da pra ser numeradas, quando olho pro seus olhos que uns dizem ser azuis e outros verdes que em suma é o meu infinilto particular e percebo o quanto amar pode ser fácil e bom.