Durante o decorrer da minha vida, por ser uma pessoa intensa demais, preferi não criar vínculos pra que eles não acabassem, porque dói. Hoje, especificamente, doeu de uma maneira diferente da comum. Eu - quase - sempre era a pessoa deixada pra trás, hoje eu sou a que deixou e o que me dói é não entender o que um dia nos conectou, o que sinto hoje não faz absolutamente nenhum sentido com o antes. E me pergunto: Como é possível as pessoas se encontrarem e se perderem assim? O que fez com que as coisas não fizessem sentido dessa forma? Olhando hoje me parece tão claro, tão óbvio, mas não me era antes. Você faz parte do que eu sou, mas o problema é que não entende o que eu sou. Aceitar não é entender, a gente demora a aprender, mas é isso.
"O egoísmo humano é uma coisa estranha: a dor que dói é a minha e a dos outros é manha."
quarta-feira, 27 de junho de 2018
quarta-feira, 4 de abril de 2018
Amar é bom.
Eu olho pra você e penso e repenso mais um milhão de vezes como um sentimento pode ser fácil como respirar, porque no decorrer da minha vida amar doía. Muito. E eu realmente não sou daquelas pessoas que acreditam que amar é só coisas boas, é árduo sim, mas te amar é infinitamente mais coisas boas do que ruins e isso é definitivamente a coisa mais louca que já me aconteceu. É louco também alguém me amar inteira, sem ressalvas ou sem querer que eu mude algo, uma pessoa que tem paciência pros meus medos e anseios. Eu tô hoje aqui pra agradecer todo noite que eu acordo assustada e olho pro seu rosto indiscutivelmente simétrico e perfeito e sinto que quase tudo tá em seu lugar e também quando eu observo seu cabelo grande bagunçado e cheio de cachos que as pessoas vivem criticando e penso como eu amo a forma como é, e por fim, mas não a última coisa, porque existem tantas que nem da pra ser numeradas, quando olho pro seus olhos que uns dizem ser azuis e outros verdes que em suma é o meu infinilto particular e percebo o quanto amar pode ser fácil e bom.
sábado, 10 de março de 2018
Nada fora do lugar.
Às vezes a gente olha pra um passado nem tão distante e percebe que mudou tanto de ideia que parece nem fazer sentido ficar gritando pro mundo todo que a gente é aquilo ou isso, ou que acreditamos em tal e tal coisa. Esse é um ponto. Eu simplesmente não quero mais brigar ou dizer quem eu sou, eu quero é como bem dizia Cazuza: pagar a conta pra nunca mais saber. Eu só quero saber que o mundo é imensamente grande, quero entender que gritar ou tentar ser dono de alguma razão é muito distante daquilo que nos aproxima da realidade. Já observou o Universo hoje? Aqui do Morro da Baleia da pra ver direitinho como a Ilhazinha é grande, nem da pra ver como o mundo todo é, não. Porque o mundo é muitíssimo maior que nós. Pensamos ser especiais demais, mas somos isso: Quase nada. Não vou dizer nada pra não parecer desanimador, não tem nada a ver com isso. É sobre entender que somos grandes, mas o mundo é ainda maior. É sobre entender que somos um constante imensamente contraditório, se observar e não ignorar as coisas que estão sendo manifestadas, isso é ato de coragem absurda. Sabe uma das coisas que mais me dói na humanidade? A covardia. Me deixa tão mal observar pessoas que simplesmente foram levadas pela cotidianidade e não conseguem observar ou tentar fazer diferente. Não que isso seja necessariamente culpa delas, é culpa também de uma rotina massante e degradante que não possibilita observar as imensas potencialidades e possibilidades.
Isso é isso. Aquilo é aquilo. Nada fora do lugar. NADA FORA DO LUGAR. Nada. Fora. Do. Lugar. P o r f a v o r . Se perca, e se ache, quantas vezes for necessário. Sem ressalvas, a vida é só uma. De verdade. Não temos tempo a perder.
Isso é isso. Aquilo é aquilo. Nada fora do lugar. NADA FORA DO LUGAR. Nada. Fora. Do. Lugar. P o r f a v o r . Se perca, e se ache, quantas vezes for necessário. Sem ressalvas, a vida é só uma. De verdade. Não temos tempo a perder.
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018
Perdida.
Quando eu era criança eu tinha plena certeza de que minha vida era um filme, onde existia milhares de pessoas me assistindo. Às vezes eu sinto que posso viver o que for, eu nunca vou crescer o suficiente pra parar de desejar que minha vida fosse realmente isso. Compreendi milhares de lições sobre como lidar com dores e tirar o melhor que podemos dela, mas quando eu acreditava que tudo isso era um filme nunca deixou de ser o melhor remédio pra esse tipo de dor de se sentir sem rumo. A única coisa que me conforta é entender que ninguém sabe, de fato, o que está fazendo tanto quanto pensamos, no entanto, eu queria ao menos saber fingir como eles.
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018
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